Topo

Atlético-MG

'Enzo Perez' do Galo, Renaldo relembra dia em que substituiu Taffarel

O ex-atacante foi acionado por Procópio Cardozo em jogo do Campeonato Mineiro - Reprodução
O ex-atacante foi acionado por Procópio Cardozo em jogo do Campeonato Mineiro Imagem: Reprodução

Henrique André

Do UOL, em Belo Horizonte

20/05/2021 15h32

O dia 19 de maio de 2021, definitivamente, entrou para a história do futebol mundial. Na noite desta quarta-feira, o volante Enzo Perez, do River Plate, protagonizou um dos momentos mais marcantes do esporte mais querido na Argentina. Assolado pela Covid-19, o time comandado por Galhardo ficou sem goleiros para a partida contra o Santa Fé_COL, válida pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores. Sem opções, o treinador precisou recrutar o experiente jogador para a função.

Sem muitos sustos ao longo dos mais de 90 minutos e até ensaiando algumas defesas, Perez aumentou a idolatria que já recebia pela torcida do "Millionario" e escreveu capítulo inusitado. Para completar, vitória do River por 2 a 1. No Brasil, um ex-atacante, artilheiro nato, sentiu esta sensação, mesmo que por poucos minutos. Em 1996, quando vestia a camisa do Alético-MG, Renaldo substituiu Taffarel, expulso após agredir o atacante Jamerson, da Caldense-MG.

Apesar de contextos totalmente diferentes, o "Baiano que veio do Paraná" - apelido este que ganhara do já falecido narrador Willy Gonser, da Rádio Itatiaia -, para Renaldo o desafio também teve seu peso. No empate em 1 a 1 com a equipe de Poços de Caldas, ele ofuscou a reestreia de Toninho Cerezo pelo Galo. A partida, válida pelo Estadual, aconteceu também maio e foi disputada no estádio Independência.

"Era a volta do Toninho Cerezo para o Galo. Ele abriu o placar e no segundo tempo a Caldense empatou. A torcida começou a pressionar. No nervosismo, o Taffarel deu aquele pontapé no atacante e foi expulso. Como já havíamos feito as três substituições, eu era a única opção do Procópio. Nos treinamentos eu fazia boas defesas. Foi aí que tive essa oportunidade de entrar nos últimos minutos do jogo e fazer boas defesas. Os caras chutavam de longe, desconfiando de mim, mas eu estava seguro. Esse momento foi muito melhor do que um gol", relembra Renaldo ao UOL Esporte.

Perguntado sobre o desempenho do volante argentino, o irreverente ex-jogador do Atlético-MG garantiu ter sido mais efetivo do que ele quando acionado. Tudo, claro, na brincadeira.

"Quando ouvi falar que um jogador de linha do River teria que ir para o gol, achei muito estranho. Não sabia se ele estaria preparado. Me coloquei no lugar dele. Acho que fui mais decisivo que ele, pois não vi nenhuma defesa importante. Eu, por outro lado, fiz a defesa decisiva para que não fóssemos derrotados naquele dia. Fiz uma defesa espetacular. Pelo que eu vi, ele não fez", brincou o ex-atacante.

Atualmente com 51 anos e radicado em Curitiba, o baiano de Cotegipe fez 183 partidas pelo Atlético-MG e anotou 79 gols. Ativo nas redes sociais e sempre bem provocativo com o Cruzeiro, seu eterno rival, ele recebe o carinho dos atleticanos e se mantém no posto de ídolo do clube alvinegro.

Atlético-MG