Pássaro celebra Vasco em dia e avisa a Werley: "Cada escolha uma renúncia"
Figura que agiu diretamente na venda de Talles Magno para o New York City (EUA) e nas compras de Matías Galarza e MT, o diretor-executivo de futebol, Alexandre Pássaro, deu um panorama geral da semana do Vasco que tem acumulado mais pontos positivos que negativos.
Com os R$ 42 milhões já adquiridos na negociação do jovem atacante para o clube norte-americano, o Cruzmaltino conseguiu colocar também os salários em dia além das aquisições das duas promessas.
"Futebol é mais representativo porque é o carro-chefe da instituição, mas gostaria de citar várias pessoas. Hoje posso dizer, sim, que o salário dos jogadores está em dia. Existem ainda alguns acordos que precisamos solucionar", declarou, se referindo à situações firmadas em 2020:
"Os atletas com os quais a gente conta no elenco estão rigorosamente em dia. A gente precisa de paz, e ouvi isso do Salgado [presidente do Vasco] lá atrás. Começo do mês que vem tem mais uma luta (risos), tem muita coisa para trás".
Recado aos que ingressaram na Justiça
Pelo lado negativo, o Vasco recebeu a notícia de que o zagueiro Werley ingressou com uma ação na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão e cobrando mais de R$ 8 milhões do clube, onde está desde 2018.
O defensor estava fora dos planos desde o início da temporada e treinava em horários alternativos. Com a ação, ele já não comparece mais às atividades e está em Minas Gerais, sua terra natal. Seu contrato é até dezembro de 2022.
"Werley teve uma proposta de acordo. Ela consistia em somar todos os atrasados do Werley e todo o contrato que tem. Pegar esse valor todo e parcelar em mais tempo do que o contrato dele. Exemplo: se ele ganha R$ 300 mil, e é um exemplo. Não é o salário dele. Se ele achasse mês que vem um clube para assinar o mesmo tempo de contrato para ele ganhar R$ 50 mil, o que a gente pediu e colocou em contrato, que é razoável, é que a gente descontasse esses R$ 50 mil do acordo", explicou Pássaro, que afirmou que o zagueiro não aceitou.
Alexandre Pássaro admitiu que já esperava essa movimentação jurídica de Werley e deu um recado ao zagueiro:
"Ontem recebi a notícia que ele resolveu entrar na Justiça. Depois que negou a proposta, já virou uma conversa jurídica. Já não estava vindo treinar desde a semana passada, a gente esperava que isso poderia acontecer. Tenho e tive a melhor das relações com o Werley, lamento que chegou a esse ponto, mas é um direito dele. Enquanto 10 ou 12 jogadores escolheram o caminho das portas abertas, outros dois escolheram outro caminho. Cada escolha que eles fazem é uma renúncia".
O diretor-executivo de futebol do Vasco citou os jogadores que aceitaram o acordo do clube e estão recebendo as parcelas em dia.
"A gente vem tentando resolver os casos sempre com diálogo. Resolvemos Pikachu, Torres, Léo Gil, empréstimo do Fernando Miguel, Marcos Júnior, Carlinhos, Henrique, Caio Monteiro... Todos esses com muito diálogo, transparência, e com todos os jogadores sabendo do que o Vasco poderia fazer. Se perguntar para o Pikachu se as parcelas dele estão em dia, ele vai dizer que sim", frisou, citando o jogador que atualmente defende o Fortaleza.
Além de Werley, quem também tentou recindir via Justiça foi o lateral esquerdo Neto Borges. Porém, o jogador perdeu em primeira instância. Ele está emprestado ao Vasco até julho pelo Genk e deve retornar ao clube belga.
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