São Paulo poupou em maratona, mas ainda pode chegar 'arrebentado' à final
Hernán Crespo adotou um esquema de rodízio de atletas no São Paulo em meio ao mata-mata do Paulistão, chegando até o extremo de deixar a Copa Libertadores, campeonato mais importante do continente, em segundo plano - utilizou o time reserva contra Rentistas (URU) e Racing (ARG), e apostou nos titulares pelo Estadual. Mesmo com a postura e todo o planejamento, corre risco de ter um time bastante desfalcado na finalíssima do torneio, diante do Palmeiras.
Luciano e Eder já ficaram fora do empate por 0 a 0 na noite de ontem (20), no Allianz Parque. O primeiro queixou-se de dores musculares e ainda é tratado como dúvida para o jogo de domingo (23), às 16h (de Brasília), no Morumbi, e o segundo aprimora a forma física depois de edema na região posterior da coxa direita. Além da dupla, o Tricolor paulista ainda corre risco de perder Daniel Alves e Martín Benítez. O lateral sofreu um trauma no joelho direito, e o meio-campista queixou-se de dor no adutor da coxa esquerda. Ambos serão reavaliados na atividade de hoje (21), no CT da Barra Funda.
Entre os desfalques, estão três das principais armas ofensivas do São Paulo de Crespo.
- Benítez vinha impressionando, e o clube já se movimenta nos bastidores para gastar os US$ 3 milhões necessários para comprá-lo em definitivo do Indepemdiente, da Argentina.
- Daniel Alves se reencontrou na ala direita e voltou a ser convocado por Tite para a seleção brasileira.
- Luciano ainda não repetiu o futebol do ano passado, mas carrega o crédito de ter sido o principal motor do ataque do time de Fernando Diniz ao título brasileiro, que acabou não acontecendo. É também o atacante de mais habilidade no elenco, sendo capaz de jogar entre as linhas defensivas também como garçom.
"Ainda não sei quanto tempo precisa Dani [Alves para voltar aos gramados], mas acredito que Luciano pode chegar [à equipe para o jogo de volta da final do Paulistão], vamos ver com ele", afirmou Hernán Crespo após o duelo de ontem.
A estratégia de poupar jogadores ocorreu por causa da maratona de jogos do São Paulo em maio. Em 20 dias, a equipe disputou oito jogos entre Paulistão e Libertadores. O técnico Hernán Crespo entrou com um elenco alternativo em quatro oportunidades, sendo duas na primeira fase do Paulistão (Corinthians e Mirassol) e outras duas pela fase de grupos da Copa Libertadores (diante do Rentistas (URU) no Uruguai e do Racing (ARG) no Morumbi).
Nos outros quatro compromissos, um pela Libertadores (Racing fora de casa) e três pelo mata-mata do Paulistão (Ferroviária, Mirassol e Palmeiras), Crespo apostou nos titulares. A ideia era reduzir a carga física sobre os atletas em meio ao calendário apertado. A estratégia do treinador, contudo, pode acabar com as lesões de alguns de seus principais nomes na temporada.
Mesmo com os problemas clínicos à vista, o técnico evitou novas críticas ao calendário do futebol brasileiro: "Sinceramente, falei muitas vezes dessa situação. Neste momento, qualquer coisa que eu possa dizer, não quero que seja uma desculpa, mas o fato está aí. O calendário é assim. Vamos jogar um jogo muito importante, uma final no Morumbi. Veremos como os atletas, nesses dois dias, estarão".
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