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Cuca valoriza espírito de luta no Atlético-MG e dedica título mineiro à mãe

Do UOL, em Belo Horizonte

22/05/2021 20h17

Depois de um empate sem gols contra o América-MG, no Mineirão, o Atlético-MG sagrou-se campeão mineiro pela 46ª vez. A partida no Gigante da Pampulha não foi aquela que se pode destacar como uma das melhores atuações do Galo, mas foi uma mostra do espírito de luta do clube contra um grande adversário. Pelo menos essa é a opinião do técnico Cuca, que comemorou seu quarto título mineiro e dedicou à mãe, que deixou o hospital recentemente devido à Covid-19.

"Hoje não foi um jogo que tivemos um grande destaque. Não fomos aquele time que jogou os últimos jogos da Libertadores. E existem fatores que ajudar a explicar isso, mas eu não vou ficar falando aqui. Mas hoje nós já temos um time titular praticamente na ponta da língua, quem são as peças que entram mais. Isso é um bom exemplo. Para resumir, o Mineiro não vale nada, mas perde ele para ver quanto ele vale. Aí vale mais que a Copa do Mundo. Sei que tínhamos a obrigação de vencer o Mineiro por todo o investimento feito, mas não é sempre que você será campeão. Existem times organizados como o América, cascudo, e que vai fazer bons campeonatos como no Brasileiro", iniciou o treinador.

Este foi o quarto título mineiro de Cuca. O primeiro deles foi no rival Cruzeiro, conquistado em 2011. Nas duas temporadas seguintes, uma dobradinha com o Atlético. Agora de volta, ele conquista mais uma taça e segue com 100% de aproveitamento nas decisões.

"Disputei quatro títulos aqui, em 2011, 2012, 2013 e agora em 2021. Conseguimos vencer todos eles. O Galo tem uma supremacia grande nesses últimos anos. Para mim isso significa um título para homenagear a torcida que não pode vir ao campo. Tivemos duas competições até agora. A primeira foi campeão. Às vezes você não consegue fazer jogos vistosos, mas não falta espírito e vontade de ganhar. Isso nós também temos que enaltecer", acrescentou.

"Libertadores" particular e título dedicado à mãe

Ao ser questionado sobre as questões emocionais de treinadores e atletas, Cuca lembrou da final da Libertadores que teve recentemente com o Santos e não deixou de mencionar a recuperação da mãe. No início de maio, Dona Nilde recebeu alta e deixou o hospital após 75 dias internada por Covid-19.

"Há três meses eu estava no Maracanã jogando uma final de Libertadores. Se eu disser que essas duas finais mexem com o coração da mesma forma vocês não vão acreditar. Hoje era a minha Libertadores. Nossa responsabilidade é muito grande. Os jogadores sabem que tínhamos a obrigação de ser campeão. E não importa como foi, daqui a um tempo você não vai lembrar os detalhes, vai lembrar que foi campeão. E esse título eu ofereço à minha mãe, Deus operou um milagre, ela está de volta ao nosso convívio. Não vi ela ainda, mas assim que der uma folga, irei vê-la. As horas antes do jogo foram de ansiedade. Você sempre fica muito ansioso, a derrota e a vitória ficam muito próximos, com pensamentos positivos, outros nem tão positivos. Mas eu ainda estou na adrenalina, ainda não estou curtindo, só amanhã poderei dar uma relaxada", acrescentou.

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