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Gauchão é primeira chance de título do Inter na era "pós-D'Alessandro"

D"Alessandro deixou o Inter no fim de dezembro do ano passado - Pérsio Ciulla/TXT Sports
D'Alessandro deixou o Inter no fim de dezembro do ano passado Imagem: Pérsio Ciulla/TXT Sports

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

23/05/2021 12h00

O clássico Gre-Nal é a primeira chance de título do Inter na era "pós-D'Alessandro". Ainda que já tivesse saído na última rodada do Brasileiro passado, quando o Colorado tinha chance de conquista e acabou não conseguindo vencer o Corinthians, o argentino tinha participado da trajetória na competição. Agora, pela primeira vez nos últimos anos, o time pode ser campeão sem nenhuma participação dele.

D'Ale deixou o Inter ao fim de seu contrato, em dezembro de 2020. Foram mais de 10 anos vestindo as cores do time pelo qual conquistou Libertadores, Sul-Americana, Recopa, além de uma série de Estaduais.

E enquanto esteve fora, cedido por empréstimo ao River Plate, viu o Colorado não ganhar nada. O Gauchão, última taça erguida pelo clube, foi naquele ano, 2016, mas o gringo também fez parte do início dela.

De volta em 2017 ele foi presente na campanha do vice da Série B, do vice da Copa do Brasil de 2019, do Brasileiro 2020, e de infortúnios no Gauchão de 2017, 2018, 2019 e da temporada passada.

Agora a ligação teve fim. O Inter vive a era "pós-D'Alessandro" e fomenta novos ídolos. Quem veste a mesma camisa, porém, não poderá estar em campo. Taison, herdeiro do número 10 e da braçadeira de capitão, não está inscrito no Estadual e ficará fora. Em caso de título, caberá a Rodrigo Dourado erguer a taça.

E a oportunidade se apresenta em um jogo em que D'Ale se sentia muito bem. O Gre-Nal só ajudou a aumentar a idolatria ao argentino entre os colorados. Acostumado a ter boas atuações, marcar gols e provocar o rival, sua presença ia além do campo. Até mesmo quando estava fora, ele era protagonista em discussões, pressão na arbitragem e na luta para tentar colocar o time vermelho no posto mais alto.

Sem D'Ale, de forma definitiva, o Inter precisará reverter um placar adverso. Como perdeu o jogo de ida por 2 a 1, a equipe de Miguel Ángel Ramírez só será campeã sem a disputa de pênaltis se vencer por diferença de dois ou mais gols. Em caso de vitória mínima, o dono da taça será definido nas cobranças. Qualquer outro placar mantém a hegemonia do Grêmio no Rio Grande do Sul.

"Nós confiamos muito no nosso trabalho. Sabemos do retrospecto negativo que temos contra o Grêmio na Arena, mas isso não entra em campo. São 11 contra 11 e é uma final. Não tem favorito, são duas equipes em condições de conquistar a taça. Assim como eles venceram na nossa casa, podemos vencer na deles", disse o volante Nonato.

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