O Grêmio levou a taça do Campeonato Gaúcho ao empatar por 1 a 1 com o Internacional neste domingo (23). A perda do título para o arquirrival deixa Miguel Ángel Ramírez em meio a dúvidas sobre seu trabalho à frente do Colorado. O técnico, que assumiu o comando da equipe em março, tem o respaldo da diretoria, mas vê a pressão aumentar.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Isabela Labate, Renato Maurício Prado, Milly Lacombe e José Trajano - os colunistas analisaram as cobranças sobre o treinador do Internacional, e acham que o momento agora exige uma dose de paciência para que ele possa desenvolver seu projeto.
"Ele está fazendo um trabalho que está começando. Ele foi o cara que disse que 'alguns sucessos vêm de muitos fracassos'. Seria uma lástima se ele perdesse o emprego agora por causa de um estadual no começo de um trabalho. Ele perdeu para um Grêmio que se achou um pouco mais rapidamente do que o Inter", avaliou Milly.
Para Trajano, a situação de Ramírez seria mais desconfortável se o Inter estivesse em situação mais complicada na Libertadores. Na quinta-feira (20), o Colorado foi ao Paraguai e venceu o Olímpia por 1 a 0, assumindo a liderança com nove pontos a uma rodada do fim da fase de grupos. "Se perdesse esse jogo e a classificação para a outra fase, a situação do Internacional estaria dramática. Vencendo, tem estrada para percorrer", comentou.
"Perder um Gre-Nal tem um peso enorme, que só o pessoal de lá entende. Mas vamos dar tempo ao tempo. Ele tem uma trajetória interessante na Libertadores. Mas que não perca o próximo Gre-Nal. Se perder, crava aquela marca 'perderdor de Gre-Nal', que é muito preocupante no Sul", completou Trajano.
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