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Otimista, Santos conversa com Barcelona e Krasnodar antes da Fifa

Andres Rueda, presidente do Santos, na Vila Belmiro - PEDRO ERNESTO GUERRA AZEVEDO
Andres Rueda, presidente do Santos, na Vila Belmiro Imagem: PEDRO ERNESTO GUERRA AZEVEDO

Gabriela Brino

Colaboração para UOL, em Santos

25/05/2021 04h00

O Santos não prevê uma nova punição na Fifa pelos casos de Cueva, com o Krasnodar-RUS, e Gabigol, com o Barcelona-ESP. A diretoria mantém negociações ativas com os clubes e está otimista com o tema. Segundo apurou o UOL Esporte, não há previsão para uma nova penalidade acontecer.

A começar pela situação com os russos, o presidente Andres Rueda estava receoso por uma nova punição devido a falta de pagamento por Cueva. O meia peruano foi contratado pela antiga gestão de José Carlos Peres, em 2019, mas o Peixe não desembolsou um real sequer pelo jogador. Por causa da quebra de contrato, o Krasnodar recorreu à Fifa.

Entretanto, Walter Schalka --CEO da empresa Suzano, do ramo de celulose, e membro do Comitê de Gestão do clube-- está tocando as conversas com os russos e tem obtido bons resultados. A expectativa é que os clubes se resolvam diretamente. O Peixe corre contra o tempo para firmar de vez um acordo e se livre da possibilidade de punição.

Vale lembrar que Cueva quebrou contrato com o Alvinegro em fevereiro do ano passado ao fechar acordo com o Pachuca, do México. Na época, o peruano ainda tinha vínculo firmado com o Santos, mas, ainda assim, teve sua saída concretizada. Tanto os mexicanos quanto o jogador foram punidos na Fifa e condenados a pagar mais de R$ 37 milhões. Ambos recorreram à ação, e o processo segue sem definição.

Caso Barcelona

Já com o Barcelona, o Santos precisará ser mais ágil, pois o clube catalão está inquieto com o tema. Schalka também procurou manter conversas em andamento para que a situação por Gabigol seja definida e vê com bons olhos o negócio em andamento.

O clube catalão tinha preferência compra e cobra o Santos por não ter sido notificado quando o jovem atacante, hoje no Flamengo, foi negociado com a Inter de Milão, em 2016. Os espanhois venceram na Corte Arbitral e devem receber cerca de 2,9 milhões de euros (R$ 17,18 milhões) pelo caso.

Quando soube dessa dívida, o presidente Andres Rueda lembrou do amistoso não realizado pelo Barcelona no Brasil, uma das cláusulas da venda de Neymar em 2013. E a multa era de 4,5 milhões de euros (R$ 29 mi, na cotação atual).
Só que a antiga gestão do Santos perdeu o prazo para cobrar o Barcelona e perdeu a chance de, digamos, trocar um débito pelo outro.

Entenda os casos que levaram o Santos ao "transfer ban"

O Santos se livrou de outros três processos na Fifa recentemente. Dois deles resultaram ao clube a proibição para registro de jogadores p Peixe ser proibido de registrar jogadores.

O primeiro foi o Hamburgo-ALE pela dívida de cerca de R$ 8 milhões por Cleber Reis. O Santos, ainda com o ex-presidente Orlando Rollo, recorreu a um empréstimo do atual presidente Andres Rueda no ano passado para quitar o débito. O Peixe ainda corria o risco de perder seis pontos no Campeonato Brasileiro.

O segundo foi o Huachipato-CHI. O presidente José Carlos Peres contratou Yeferson Soteldo por 3,5 milhões de dólares (R$ 19 mi) em 2019 e não pagou. O processo dos chilenos só acabou com a venda do venezuelano ao Toronto FC, do Canadá, no mês passado.

O Atlético Nacional-COL também cobrou o Santos na Fifa. O Peixe de Peres não pagou R$ 4 milhões pelo zagueiro Felipe Aguilar, hoje no Athletico-PR. Neste caso, porém, o Alvinegro não foi punido com a proibição de se reforçar.

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