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Abel se espanta com marca de 100 gols sob seu comando: "Em quantos jogos?"

Diego Iwata Lima

Em São Paulo

27/05/2021 22h14

O técnico Abel Ferreira demonstrou surpresa por duas vezes durante a entrevista coletiva que concedeu após a vitória do Palmeiras por 6 a 0 sobre o Universitario-PER pela Libertadores, nesta quinta-feira (27).

Primeiro, ao ser informado que, com a goleada, o Palmeiras chegava à marca de 100 gols na sua gestão. Mesmo com máscara, foi possível ver que ele expressou surpresa, antes de perguntar: "Em quantos jogos?"

Na hora, ele não foi informado que sua equipe chegara à marca em 61 jogos sob sua comissão técnica - 53 jogos com Abel, sete com João Martins e um com Vitor Castanheira. Sua média, desse modo, é de 1,64 gol por partida.

Depois, quando foi informado, em outra pergunta, que o Palmeiras havia sido o melhor ataque da competição, com 20 gols, ele mais uma vez demonstrou espanto. Mas, escaldado com as muitas críticas que vem recebendo, disse:

"Às vezes somos criticados porque fazemos poucos gols, e às vezes somos elogiados porque fazemos muitos", disse, lacônico.

Abel ainda parece machucado pelas críticas que vem recebendo desde a perda do título do Paulista para o São Paulo. Sua voz não expressou o vigor que lhe é peculiar na entrevistas.

"Tem que ter um vilão quando perde, e um heroi quando ganha", disse.

Técnico explica suas alterações táticas

Mais uma vez dando clara resposta para aqueles que o criticam por adotar um esquema com três zagueiros, Abel explicou as alterações táticas que fez ao longo do jogo. Disse ter começado a partida com uma linha defensiva de três jogadores, mas que depois migrou para um 4-3-3.

"Não temos muito tempo para treinar e, por isso, falo trabalhos individuais com os jogadores, para que eles entendam as dinâmicas de jogo", disse ele, que exaltou a facilidade da vitória depois de o adversário ficar com dez jogadores e comemorou ter podido "treinar o time em jogo" .

Abel disse também que não é um treinador de um esquema, mas que conhece todos e aplica o mais adequado para cada situação em sua visão.

"Há espaço para melhorar, claro. Todos sabem que temos uma equipe composta com muitos jovens, mas a verdade é que estar nas finais, dá casca, como vocês dizem aqui", disse.

"O que temos que fazer é continuar com fome, continuar juntando finais, continuar juntando títulos", completou.

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