Cuca e Atlético-MG mudaram de patamar a partir do 'primeiro encontro'
É inegável que o cenário encontrado por Cuca desde retornou ao Atlético-MG, em março deste ano, é completamente diferente daquele que ele precisou encarar há quase uma década, em agosto de 2011, quando foi apresentado como novo comandante do Alvinegro, naquela que foi a sua primeira passagem pelo clube.
Apesar de contar com jogadores de destaque, como Léo Silva, Réver, Bernard, Daniel Carvalho, André, Tardelli e outros, o clube não tinha vida financeira saudável e ainda se escorava na conquista do Campeonato Brasileiro de 1971 como principal feito de sua história para além das fronteiras mineiras. Para Cuca, o currículo também não tinha o mesmo recheio de hoje.
Demitido do Cruzeiro poucos meses antes de chegar à Cidade do Galo, ele havia conquistado o Estadual pelo time celeste, mas acabou eliminado nas oitavas da Libertadores, após derrota, em casa, para o modesto Once Caldas, da Colômbia. A Raposa, curiosamente, terminara a fase de grupos com a melhor campanha geral.
Assim que assumiu o Atlético-MG, Cuca passou aperto na temporada (2011). Assumindo a equipe no lugar de Dorival Jr, ele fez 25 partidas e terminou o ano com sentimentos opostos: o alívio por ter escapado do rebaixamento no Brasileirão foi substituído pela frustração com a goleada de 6 a 1 sofrida para o maior rival. Na competição, o Galo terminou em 15º lugar; foram 13 vitórias, 6 empates e um turno de derrotas (19 partidas).
Naquele jogo, na Arena do Jacaré, o alvinegro tinha a chance de rebaixar a equipe celeste.
Mudança de patamar
E foi a partir de 2012, após a pancada sofrida no clássico, que a vida do treinador e também a do clube passou a mudar radicalmente. O time foi campeão estadual e também terminou o ano com o vice-campeonato nacional, classificando-se ali para a Libertadores de 2013, que seria concluída com o inédito caneco.
Deixando a equipe após o Mundial de Clubes, Cuca foi para o futebol chinês. De volta ao Brasil, em 2016, foi campeão brasileiro pelo Palmeiras e vice da Libertadores pelo Santos, no ano passado.
Enquanto isso, o Atlético-MG levantou os troféus da Recopa Sul-Americana de 2014 e a Copa do Brasil do mesmo ano; nesta, derrotando a Raposa na decisão. O time mineiro ainda foi vice-campeão do torneio em 2016.
Novo projeto
Nesta nova passagem, Cuca chegou para substituir o argentino Jorge Sampaoli, com o clube vivendo a espera pela entrega do estádio próprio, prevista para o ano que vem, e com um elenco recheado de grandes, como Nacho Fernández, Hulk, Keno, Alonso, Arana e outros. Além disso, contando também com ajuda de mecenas para manter o projeto de se tornar o principal time da América do Sul realidade.
Campeão mineiro pela quarta vez, após superar o América-MG, o Atlético-MG findou a fase de grupos da Libertadores na primeira colocação geral. O bicampeonato, agora, é a principal missão dos atleticanos e de Cuca.
No domingo (25), o Galo estreia no Brasileirão, contra o Fortaleza. Ganhar a competição, inclusive, talvez seja até mais importante que reconquistar a América. Caso não aconteça, o jejum completará 50 anos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.