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Esperança na final, dupla de R$ 800 milhões sofre com adaptação no Chelsea

Darren Walsh/Chelsea FC via Getty Images
Imagem: Darren Walsh/Chelsea FC via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

28/05/2021 04h00

O Chelsea investiu pesado no elenco que chega para enfrentar o Manchester City na final da Liga dos Campeões, amanhã (29). Foram gastos mais de R$ 1 bilhão na formação da equipe, que começou a mostrar poder de reação depois da chega do técnico Thomas Tuchel. Antes disso, os dois maiores reforços da temporada sofriam com a adaptação ao novo clube.

Os alemães Timo Werner e Kai Havertz custaram mais de R$ 800 milhões aos cofres ingleses. Artilheiro do RB Leipzig, o atacante de 25 anos saiu da Alemanha por 53 milhões de euros (R$ 311 milhões, na cotação da época). Já para ficar com o meia de 21 anos, o Chelsea precisou pagar 71 milhões de libras (cerca de R$ 500 milhões, na cotação da época) ao Bayer Leverkusen. Mas demorou para o investimento começar a dar resultado.

Timo Werner se lamenta durante partida do Chelsea - Michael Regan - The FA/The FA via Getty Images - Michael Regan - The FA/The FA via Getty Images
Imagem: Michael Regan - The FA/The FA via Getty Images

No caso de Werner, o início foi mais do que promissor. Nos 12 primeiros jogos, o alemão marcou oito vezes. Depois, no entanto, engatou uma sequência de 14 partidas sem conseguir balançar as redes. Em entrevista ao podcast do Chelsea em abril deste ano, o atacante admitiu ter tido problemas para se adaptar a um novo país.

"Meu começo de temporada foi bem parecido com o que era no Leipzig, com oito gols nos 12 primeiros jogos do Chelsea. Mas no meio, algo aconteceu, alguma coisa mudou. Talvez por ser um novo país, um novo time, minha cabeça ficou um pouco confusa. Eu tinha que marcar em todos os jogos e, quando não marcava, caía em algo que não era bom para mim", explicou.

As assistências eram o que se destacavam durante a má fase de Werner. Durante os 14 jogos de seca, ele deu seis passes para que os companheiros marcassem. "Você tem que trabalhar duro para a equipe. E quando você não marca ainda mais, porque os gols, claro, são a melhor maneira de ajudar o time, mas quando você não marca, você tem que dar ainda mais duro... Eu tive alguma falta de sorte nas últimas semanas, e fica ainda mais importante trabalhar duro pelo time: defender pelo time, dar assistências".

A fase goleadora de Werner ainda não voltou, mas ele foi importante ao marcar na vitória por 2 a 0 sobre o Real Madrid, que colocou o Chelsea na final da Liga dos Campeões. "Agora que os gols voltaram, me sinto confiante - não apenas em campo, mas na minha cabeça -, estou feliz comigo mesmo quando não marco. Talvez essa seja a razão: ser calmo, paciente e não forçar que as coisas venham a você, mas deixar com que elas venham".

Problemas médicos atrapalharam a chegada de Havertz

Kai Havertz, durante a partida entre Chelsea e Sevilla - Quality Sport Images/Getty Images - Quality Sport Images/Getty Images
Kai Havertz, durante a partida entre Chelsea e Sevilla
Imagem: Quality Sport Images/Getty Images

O meia Kai Havertz demorou para se adaptar ao Chelsea. Depois de um período de pouco brilho sob o comando de Frank Lampard, ele melhorou com a chegada de Thomas Tuchel, mas segue longe da consistência esperada. Além da adaptação ao novo país, problemas médicos deixaram o meia fora de oito jogos na temporada.

O primeiro problema aconteceu ainda com Lampard. Havertz foi diagnosticado com a covid-19 no começo de novembro passado e perdeu três partidas do clube inglês. Em fevereiro, já com Tuchel no comando, uma pancada o tirou de cinco jogos do Chelsea.

"Tenho certeza que vamos ver isso, leva tempo e não há uma resposta curta, se houvesse então eu iria falar com ele [Havertz] para trazer todo o seu potencial. O que sabemos e o que podemos confiar é nesse potencial nele, há lógica para mostrá-lo em campo. Para cada transferência e mudança de clube é diferente, às vezes, você precisa de mais tempo para se adaptar, às vezes, é rápido, às vezes, é um processo", disse Tuchel, em entrevista coletiva.

"Ele teve um bom começo conosco e tenho a sensação de que vejo um cara que é autoconsciente, humilde e incrivelmente talentoso. Não há dúvidas de que ele vai mostrar isso, quanto mais cedo melhor", prosseguiu Tuchel.

Titulares no jogo que colocou o Chelsea na final da Liga dos Campeões, Timo Werner e Kai Havertz terão na partida mais importante da temporada a chance de justificarem os mais de R$ 800 milhões gastos neles. A decisão contra o Manchester City está marcada para as 16h (de Brasília) de amanhã.

Kai Havertz e Timo Werner, jogadores do Chelsea - Darren Walsh/Chelsea FC via Getty Images - Darren Walsh/Chelsea FC via Getty Images
Imagem: Darren Walsh/Chelsea FC via Getty Images