Neymar diz que não teve chance de se defender e acusa Nike de traição
Neymar se manifestou pela primeira vez após o suposto caso de abuso sexual contra uma funcionária da Nike. A empresa encerrou o contrato com o camisa 10, em 2020, após o episódio.
Neymar foi denunciado em 2018 em um fórum organizado por lideranças da Nike para seus funcionários. Foi aberta uma investigação independente em 2019, de resultados considerados "inconclusivos" pela empresa - o contrato com o brasileiro foi rescindido pela postura dele ao se recusar a cooperar com as investigações. A informação foi publicada inicialmente pelo Wall Street Journal e confirmada pelo UOL Esporte.
O jogador rebateu a versão da Nike e afirmou que não teve a oportunidade de se defender. "Contrariar essa regra e afirmar que o meu contrato foi encerrado porque não contribuí de boa-fé com uma investigação é absurdo, mentiroso. Mais uma vez sou advertido que não posso comentar em público. Indignado, vou obedecer!", disse em post no Instagram.
"Não me deram a oportunidade de me defender. Não me deram a oportunidade de saber quem é essa pessoa que se sentiu ofendida. Eu nem a conheço. Nunca tive nenhum relacionamento. Não tive sequer oportunidade de conversar, saber os reais motivos da sua dor. Essa pessoa, uma funcionária, não foi protegida. Eu, um atleta patrocinado, não fui protegido", acrescentou.
O camisa 10 ainda acusou da Nike de traição: "Ironia do destino, continuarei a estampar no meu peito uma marca que me traiu".
O suposto caso de abuso sexual
De acordo com a publicação do Wall Street Journal, a funcionária da Nike revelou a colegas e amigos que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral em um quarto de hotel enquanto estava na cidade de Nova York. A marca afirmou que o suposto incidente teria ocorrido em 2016, sendo denunciado dois anos depois.
Segundo a empresa, a funcionária relutou em denunciar o jogador em um primeiro momento. Por isso, a Nike optou por respeitar a confidencialidade e não se manifestou sobre o incidente. Mais tarde, a funcionária mudou de ideia, e a Nike abriu uma investigação independente. As investigações foram consideradas inconclusivas.
Mesmo assim, a decisão de encerrar o contrato multimilionário de Neymar partiu da fornecedora de material esportivo depois que a empresa passou a investigar a acusação feita pela funcionária. O que motivou a rescisão, segundo a Nike, foi a postura do jogador, que teria se recusado a cooperar.
Na época do rompimento, a Nike não havia dado detalhes sobre o motivo do fim da parceria. Neymar tinha contrato com a empresa desde os 13 anos.
Estafe de Neymar fala em 'ataques infundados'
O estafe de Neymar declarou em comunicado que o atleta nega as acusações e que ele se defenderá dos "ataques infundados" se for acionado.
"Neymar Jr nega essas acusações. Semelhante às alegações de agressão sexual feitas contra ele em 2019 - alegações em que as autoridades brasileiras reconheceram a sua inocência - essas alegações são falsas. Neymar Jr, se for acionado, o que nunca aconteceu, se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados."
"Neymar Jr e Nike encerraram o relacionamento por motivos comerciais, o que vinha sendo discutido desde 2019, nada relacionado a esses fatos noticiados. É muito estranho um caso que supostamente teria acontecido em 2016, com alegações de um funcionário da Nike, venha à tona somente nesse momento", afirmou o estafe do jogador.
Leia a nota divulgada por Neymar:
Os fatos podem ser distorcidos porque as pessoas os enxergam de ângulos diferentes. Não temos como negar que a vida é assim.
Faz parte!
Até entendo quando alguém faz uma crítica sobre minhas condutas, minha forma de jogar e de viver a vida.
Somos diferentes!
Eu realmente não entendo como uma empresa séria pode distorcer uma relação comercial que está apoiada em documentos. As palavras escritas não podem ser modificadas. Elas sim são muito claras.
Não deixam dúvidas!
Desde os meus 13 anos, quando assinei meu primeiro contrato, sempre fui alertado: não fale sobre os seus contratos! Contratos são sigilosos!
Contrariar essa regra e afirmar que o meu contrato foi encerrado porque não contribuí de boa-fé com uma investigação isso é absurdo, mentiroso. Mais uma vez sou advertido que não posso comentar em público.
Indignado vou obedecer!
Mas a matéria do WSL é muito clara. Em 2016 parece que já sabiam desse acontecimento. Eu não sabia!
Em 2017 viajei novamente para os EUA para campanha publicitária, com as mesmas pessoas, nada me contaram, nada mudou!
Em 2017, 2018, 2019 fizemos viagens, campanhas, inúmeras sessões de gravação. E nada me contaram.
Um assunto com tamanha gravidade e nada fizeram.
Quem são os verdadeiros responsáveis?
Não me deram a oportunidade de me defender. Não me deram a oportunidade de saber quem é essa pessoa que se sentiu ofendida. Eu nem a conheço. Nunca tive nenhum relacionamento. Não tive sequer oportunidade de conversar, saber os reais motivos da sua dor. Essa pessoa, uma funcionária, não foi protegida. Eu, um atleta patrocinado, não fui protegido.
Até quando?
Ironia do destino continuarei a estampar no meu peito uma marca que me traiu.
Essa é a vida!
Sigo firme e forte acreditando que o tempo, sempre esse cruel tempo, trará as verdadeiras respostas.
Fé em Deus!
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