Ex-agente de Neymar defende atleta em caso da Nike: 'História maquiavélica'
Wagner Ribeiro, ex-empresário de Neymar, saiu em defesa do jogador brasileiro sobre o suposto caso de abuso sexual contra uma funcionária da Nike. A empresa encerrou o contrato com o camisa 10, em 2020, após o episódio.
"A Nike queria romper o contrato com Neymar. A cláusula de rescisão era uma fortuna, e a Nike estava com déficit absurdo em 2020. A Nike coloca uma funcionária da empresa numa história maquiavélica de assédio sexual. A Nike resolve noticiar depois de 5 anos", escreveu o empresário.
Neymar foi denunciado em 2018 em um fórum organizado por lideranças da Nike para seus funcionários. Foi aberta uma investigação independente em 2019, de resultados considerados "inconclusivos" pela empresa - o contrato com o brasileiro foi rescindido pela postura dele ao se recusar a cooperar com as investigações. A informação foi publicada inicialmente pelo "Wall Street Journal" e confirmada pelo UOL Esporte.
De acordo com a publicação, a funcionária da Nike revelou a colegas e amigos que o jogador tentou forçá-la a fazer sexo oral em um quarto de hotel enquanto estava na cidade de Nova York. Ela ajudava a coordenar eventos e logística para o atleta e sua comitiva. Em contato com a reportagem, a empresa contou que o suposto incidente teria ocorrido em 2016, sendo denunciado dois anos depois.
Segundo a empresa, a funcionária relutou em denunciar o jogador em um primeiro momento. Por isso, a Nike optou por respeitar a confidencialidade e não se manifestou sobre o incidente. Em 2019, ela mudou de ideia, e a Nike abriu uma investigação independente, custeando os advogados da funcionária.
A decisão de encerrar contrato multimilionário do jogador partiu da fornecedora de material esportivo, depois que a empresa passou a investigar a acusação feita pela funcionária. Na época do rompimento, a Nike não havia dado detalhes sobre o motivo do fim da parceria. Neymar tinha contrato com a empresa desde os 13 anos. As investigações foram consideradas inconclusivas - o que motivou a rescisão, segundo a Nike, foi a postura do jogador, que teria se recusado a cooperar.
Ao WSJ, o estafe de Neymar negou a acusação. "Neymar Jr. se defenderá contra esses ataques infundados caso alguma denúncia seja apresentada, o que não aconteceu até agora", disse. Em nota, a equipe do atleta ressaltou que o motivo da separação se deu por razões comerciais. Procurada pelo UOL Esporte, a assessoria de Neymar reforçou o posicionamento dado ao jornal.
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