Antes do Brasil, Argentina desistiu da Copa América por piora da pandemia
Um dia antes de a Conmebol anunciar o Brasil como nova sede da Copa América deste ano, a Argentina desistia de sediar o torneio por causa do aumento de casos da covid-19 no país. Desde o dia 1 de maio, os argentinos contabilizaram 776.246 novas pessoas diagnosticadas com a doença, além de 13.591 novas mortes.
"Trabalhamos com as autoridades da Conmebol com diferentes cenários, mas os cenários sempre estavam sujeitos a coisas que ultrapassam a organização do torneio e que tem a ver fundamentalmente com o aumento de casos e como a segunda onda segue atingido nosso país", explicou Santiago Cafiero, Chefe de Gabinete da Nação Argentina, ontem (30), sobre a decisão de desistir do torneio.
A situação média da Argentina no momento é a mais crítica desde o início da pandemia. Na última quinta-feira (27), os argentinos tiveram um registro recorde de novos casos, com 41.080 em 24 horas.
O Brasil, no entanto, tem um panorama pior do controle da pandemia. Com 462.092 mortes contabilizadas, a média brasileira é de 210 mortes por 100 mil habitantes. Já a Argentina soma 77.456 mortes desde o início da pandemia, ou 170 mortes por 100 mil habitantes.
"No final, a decisão foi tomada não apenas por causa dos protocolos e das medidas sanitárias que estão sendo tomadas no território argentino, mas pela quantidade de casos. Com tantos casos, não podíamos levar adiante um campeonato com essas características", completou Cafiero.
Inicialmente, a Argentina dividiria a organização da Copa América com a Colômbia. O aumento dos protestos contra o presidente Iván Duque, contudo, fez com que o país também fosse retirado dos planos da entidade continental.
A Copa América está prevista para começar no dia 11 de junho. A Conmebol informou hoje (31) que as datas dos jogos e as sedes brasileiras serão anunciadas nos próximos dias.
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