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'Futebol sim, aulas não?': jornal detalha fim da Copa América na Argentina

Rejeição dos argentinos, calendário e eleições legislativas barraram qualquer tentativa de realizar torneio no país, segundo o Olé - Anadolu Agency/Getty Images
Rejeição dos argentinos, calendário e eleições legislativas barraram qualquer tentativa de realizar torneio no país, segundo o Olé Imagem: Anadolu Agency/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

31/05/2021 11h04Atualizada em 31/05/2021 11h36

O Olé, um dos maiores jornais esportivos da Argentina, listou hoje algumas causas para o cancelamento da realização da Copa América no país, anunciado ontem pela Conmebol - hoje, a entidade informou que a competição será disputada no Brasil.

De acordo com o veículo, além dos números "frios" da covid-19 (que se agrava em todo o país), outros fatores pesaram na decisão de tirar a Argentina como sede do torneio: a rejeição da sociedade, o calendário e as eleições legislativas.

A primeira causa se dá diretamente por conta da pandemia e foi visto como um alerta para as autoridades. "Foram conhecidos os resultados de algumas pesquisas de imagem nos últimos dias, onde os resultados foram fatais para o governo: 70% dos entrevistados (incluindo vários defensores da atual gestão) mostraram-se insatisfeitos com a organização da Copa América na Argentina", iniciou o jornal.

"Futebol sim, aulas não?. Essa foi a pergunta sem resposta que repercutiu nas ruas", prosseguiu o Olé, citando o caos sanitário da Argentina em função do avanço do coronavírus.

O calendário em si virou outro problema. Neste caso, o impasse surgiu, ainda segundo o veículo, da falta de um parceiro para substituir a Colômbia e dividir a sede da competição.

Isso porque o Chile chegou a ser "bem visto" pelo governo argentino como um possível aliado, mas o fato de o país estar no mesmo grupo da Argentina impossibilitou qualquer avanço nas conversas. O governo, então, percebeu que seria difícil ter a Copa América completa no país.

A realização de eleições legislativas na Argentina, por fim, também serviu como justificativa para o recuo - em ação alinhada com a Conmebol após reuniões entre entidade e autoridades.