Presidente da CBF ligou para Bolsonaro e ganhou aval para Copa América
O desencadeamento de acontecimentos foi muito rápido. Entre o colapso da Argentina como sede da Copa América e a confirmação pública de que o Brasil seria palco da competição que começa em menos de duas semanas, o intervalo foi de 12 horas e 23 minutos. Por isso o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, exaltou o papel do governo brasileiro na realocação do torneio, confirmada nesta segunda-feira.
"O governo do Brasil demonstrou agilidade e capacidade de decisão em um momento fundamental para o futebol sul-americano", pontuou Alejandro, em comunicado da Conmebol.
Segundo a entidade, houve uma conversa direta entre o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e o presidente da República, Jair Bolsonaro. O relato dá conta de que Bolsonaro "apoiou a iniciativa de imediato", com aval dos Ministérios da Casa Civil, da Saúde, Relações Exteriores e da Secretaria Nacional de Esporte.
"O Brasil vive um momento de estabilidade, tem comprovada infraestrutura, experiência acumulada e recente para organizar uma competição dessa magnitude", acrescentou Alejandro, que fez o pedido à CBF para tentar viabilizar a competição em solo brasileiro.
As competições recentes que são usadas como argumento pela Conmebol envolvem não só a Copa do Mundo de 2014, mas também o Mundial Sub-17 de 2019 e a própria Copa América daquele mesmo ano.
Na edição 2019 do torneio de seleções, a Conmebol internamente andou incomodada e tentou evitar o uso político da Copa América por parte do presidente brasileiro. Tanto que ele não participou da entrega do troféu à seleção brasileira. Mas Bolsonaro conseguiu entrar no campo durante o intervalo da semifinal entre Brasil e Argentina, no Mineirão. O estádio se dividiu entre vaias e gritos de "mito".
Com o Brasil abrigando a Copa América refugiada - já que a Colômbia também dispensou o torneio por falta de segurança -, o caminho nas próximas horas é sacramentar as cidades que receberão os jogos.
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