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Cruzeiro volta ao Mineirão por história diferente em casa na Série B

Cruzeiro teve campanha ruim em casa na Série B de 2020 e precisará de números melhores por acesso no ano que vem - Bruno Haddad/Cruzeiro
Cruzeiro teve campanha ruim em casa na Série B de 2020 e precisará de números melhores por acesso no ano que vem Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Guilherme Piu

Do UOL, em Belo Horizonte

02/06/2021 04h00

Pelo segundo ano consecutivo na Série B do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro tentará nesta temporada fazer diferente daquilo que foi apresentado em 2020, para, quem sabe, garantir o acesso ao fim da disputa. Por isso, a Raposa terá de se comportar melhor nos jogos, principalmente em seus domínios. Há quase um mês longe do Mineirão, onde jogou pela última vez no dia 9 de maio — na eliminação na semifinal do Campeonato Mineiro —, o time estrelado volta ao estádio para tentar mudar a péssima impressão deixada no ano passado, quando teve campanha de zona de rebaixamento atuando no Gigante da Pampulha.

Contra o CRB, no próximo domingo (6), às 18h15, na segunda rodada da divisão de acesso, a Raposa tentará a primeira vitória no torneio e o início de uma escrita diferente daquela em seu ano de debut na Segundona.

Nos 19 jogos que fez na Série B de 2020 em Belo Horizonte, contando Mineirão e Independência, o Cruzeiro somou apenas 25 pontos, atingindo apenas 43,86% de aproveitamento. Foram só seis vitórias, sete empates e outras seis derrotas, entre jogos com Enderson Moreira, Ney Franco e Luiz Felipe Scolari, treinadores que dirigiram o time.

Para uma das maiores lideranças da história do Cruzeiro, o goleiro Fábio, a equipe deste ano é diferente daquela que não conseguiu o acesso no ano passado. E isso pode ser um fator positivo, na visão do recordista de jogos pelo clube, desde que haja chegada de mais reforços.

"Eu sempre comparo à situação do ano anterior. Não comparo com situações que o Cruzeiro sempre vivenciou de Série A. O que a gente tem neste ano é totalmente diferente do que tinha no ano passado. O planejamento do início da temporada, os jogadores que já vivenciaram competições. E os mais jovens já pegaram uma rodagem (...) Todos os momentos em que estive no Cruzeiro, eu sempre quis uma equipe mais forte. Sempre fui a favor de contratar. [isso] Gera dentro dos treinamentos um empenho maior de todos, que é querer jogar. Então, vai fazendo com que o companheiro também tenha esse pensamento. É uma competição sadia que vai favorecer o grupo ao longo da competição", disse o camisa 1.

O rendimento do Cruzeiro neste ano em casa também não é bom. A Raposa tem 55% de aproveitamento no Gigante da Pampulha, com três vitórias [Athletico, Atlético-MG e Patrocinense], um empate [Tombense] e duas derrotas [Caldense e América-MG] até aqui. E enfrentará na próxima rodada da Série B um adversário que gostou de tirar onda — e pontos do clube — quando atuou em Belo Horizonte.

O CRB jogou duas vezes contra o Cruzeiro no Mineirão na última temporada, vencendo uma por 2 a 0, pela Copa do Brasil, e empatando a outra pela Série B, em 1 a 1. Léo Gamalho, atualmente no Coritiba, foi o carrasco da Raposa no ano passado.

"Todos focam sempre em fazer o melhor contra o Cruzeiro. A gente sabe das dificuldades que vai encontrar. Se tiver um elenco cada vez mais qualificado e à disposição do nosso treinador, ele vai ter a possibilidade de montar a equipe ou, dentro da partida mesmo, mudar o esquema ou as peças para que a gente possa alcançar o único objetivo que é a vitória", analisou Fábio, que garantiu bom clima no clube.

"Vestiário está sempre bem equilibrado em todos os aspectos. A gente sempre tenta passar tranquilidade, conversar com diretoria, presidente, para saber a real possibilidade de situação financeira do Cruzeiro. Não só para os atletas, mas também dos funcionários, a gente quer priorizar primeiro os funcionários. Aí, sim, resolver a situação dos jogadores (...) a gente sempre está tendo essa ponte, diretoria, jogadores, comissão. Então não tem problema fora do normal", comentou.

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