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Casemiro vê seleção unânime sobre Copa América: "Mais claro impossível"

Neymar comemora com os companheiros o segundo gol do Brasil contra o Equador - Buda Mendes/Getty Images
Neymar comemora com os companheiros o segundo gol do Brasil contra o Equador Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/06/2021 23h47

Capitão da seleção brasileira na vitória por 2 a 0 sobre o Equador, pela sétima rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar, o volante Casemiro foi o primeiro jogador a se manifestar sobre a mudança da sede da Copa América para o Brasil e confirmou a insatisfação do elenco em relação à decisão da CBF. Ele reforçou uma promessa do técnico Tite de posicionamento definitivo na terça-feira, após o jogo contra o Paraguai.

"Não podemos falar do assunto, todos sabem nosso posicionamento, mas não vamos falar desse assunto. Todo mundo sabe nosso posicionamento, está mais claro impossível, Tite deixou claro para todo mundo o que nós pensamos da Copa América. Existe um respeito, uma hierarquia que temos que respeitar, queremos dar nossa opinião e aconteceram muitas coisas. Queremos falar, mas não queremos desviar o foco, porque isso para nós é Copa do Mundo. Hoje ganhamos jogo de Copa do Mundo, é importante para nós", disse o volante brasileiro à TV Globo, antes de completar:

"Se é certo ou não cada um vai determinar, mas queremos expressar nossa opinião e nós iremos falar. O Tite explicou qual foi a situação, o que ele falou eu como capitão e líder dos jogadores digo que rolou mesmo, nos posicionamos, mas iremos falar no momento oportuno. Não sou eu nem jogadores da Europa, como rolou, falo em nome de todos os jogadores com Tite e comissão técnica, é unânime."

O Brasil foi confirmado como sede da Copa América nesta semana, restando menos de 15 dias para a abertura da competição. Depois de um pedido da Conmebol, a CBF recorreu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Brasil foi anunciado como o novo anfitrião em razão de problemas sanitários e políticos envolvendo as sedes originais do torneio, Argentina e Colômbia.

O contato entre Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, e Rogério Caboclo, presidente da CBF ocorreu na noite de domingo passado. A discussão não envolveu a parte técnica da seleção — jogadores e comissão. Insatisfeitos por não terem sido ouvidos nesta decisão e se fragilizarem por causa do contexto político que a discussão ganhou, os jogadores se reuniram num primeiro momento com Tite e o coordenador da seleção, Juninho Paulista.

Depois, solicitaram uma agenda com Caboclo, que viajou do Rio de Janeiro a Teresópolis só para isso. O encontro foi realizado na quarta-feira (2), na Granja Comary, e uma das principais pautas foi a falta de diálogo da entidade com o grupo, além de questões sanitárias.

Há nos bastidores a sensação de algumas pessoas próximas a atletas que o movimento de insatisfação em relação à Copa América não é exclusividade da seleção brasileira e uma grande ação organizada pode ser desencadeada desse desagrado. Nos bastidores da CBF a indicação é que se trata de um problema grande e difícil de contornar. A Copa América teoricamente começa no dia 13.