Comissão de ética da CBF investiga Caboclo após denúncia de funcionária
O presidente da CBF Rogério Caboclo é investigado pela comissão de ética da entidade após denúncia feita hoje (4) por uma funcionária. As acusações também foram recebidas pela diretoria de governança e conformidade.
A funcionária trabalha na CBF há quase dez anos e pede investigação e punição a Rogério Caboclo. Segundo apurou o UOL Esporte, a comissão de ética da entidade já converte a denúncia em verificação de provas, como áudios anexados aos relatos.
De acordo com informação publicada inicialmente pelo "ge", a funcionária acusa Caboclo de assédio sexual e moral por atos cometidos desde abril de 2020. Ela menciona em sua denúncia episódios de constrangimento, inclusive na presença de testemunhas.
Há pelo menos um mês existe muita agitação nos bastidores da CBF por causa do vazamento de informações que dão conta de comportamentos considerados inapropriados por parte de Caboclo. O cenário chegou hoje ao seu ponto mais delicado com a oficialização de uma "infração ética", como é tratada a denúncia no contexto da entidade.
Dirigentes que frequentam os bastidores da CBF e até de círculos um pouco mais distantes já tinham ciência do teor da denúncia, mas ainda aguardavam para ver se ela viria à tona.
Tal investigação é confidencial, e a identidade da vítima, que recebe um número de protocolo para acompanhar atualizações, preservada. Entre as informações prestadas estão o que aconteceu, quando aconteceu ou desde quando acontece, onde aconteceu, quem estava envolvido, se havia testemunha, o que cada um fez ou disse e qual a sua relação com a situação ou como ela te afetou.
A defesa de Caboclo no caso, que não envolve o departamento jurídico da CBF, afirma que "ele nunca cometeu nenhum tipo de assédio. E vai provar isso na investigação da Comissão de Ética".
Rogério Caboclo ainda não se pronunciou sobre a oficialização da denúncia, mas é personagem de uma crise sem precedentes nos bastidores da CBF. O cenário deixa o presidente ainda mais isolado na CBF. Em um movimento que se alia à centralização da tomada de decisão por parte do dirigente, os vice-presidentes se afastaram de Caboclo para que a crise não respingue neles.
Procurada pela reportagem, a CBF afirmou que ainda não tem posição sobre o caso. A reportagem será atualizada se a confederação se manifestar.
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