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Lavieri: Quase ninguém mais do vestiário da seleção suportava o Caboclo

Do UOL, em São Paulo

08/06/2021 11h41

O afastamento do presidente Rogério Caboclo na CBF aliviou o clima em relação aos jogadores da seleção brasileira e minimizou as possibilidades de um boicote à realização da Copa América no Brasil a partir do fim de semana, ainda que os atletas e o técnico Tite tenham prometido um posicionamento para hoje depois do jogo com o Paraguai pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo.

Em sua participação no programa UOL News Esporte, com Domitila Becker, Danilo Lavieri afirma que houve um alívio na concentração da seleção brasileira com a licença de Caboclo, que não agradava no vestiário dos comandados de Tite já há algum tempo.

"De fato, a saída do Caboclo acabou viabilizando, digamos assim, a Copa América, a Copa América, os jogadores nunca prometeram um boicote, isso, criou-se até uma expectativa em cima disso, mas a verdade é que os jogadores estavam mais preocupados por não terem sido parte do processo do que por qualquer outra causa social ou em nome da moça que sofreu o assédio e essas coisas", afirma Lavieri.

"A gente viu os discursos e o Tite ontem voltou a ser o Tite que a gente já está acostumado, que é aquele Tite que tenta não envolver problemas extracampo com problemas de campo, e aí a saída do Caboclo, de fato, foi até alvo de uma certa comemoração, não uma comemoração absurda, mas um aperto de mão, um abraço ali na concentração da seleção, porque quase ninguém mais do vestiário da seleção suportava o Caboclo", completa.

O jornalista reforça que o descontentamento dos jogadores era muito mais ligado ao dirigente da CBF do que questões como a realização da Copa América ou o caso de assédio do qual Caboclo foi acusado.

"Houve aí essa saída e aí a Copa América se tornou possível, mas no fim o problema é muito mais os jogadores não terem sido parte do processo do que qualquer questão social que tenha no entorno dessa Copa América", conclui.