A realização da Copa América no Brasil está confirmada, com o início já no fim de semana, e os jogadores da seleção brasileira aparentemente demovidos da possibilidade de recusa a disputar a competição depois do afastamento do presidente da CBF, Rogério Caboclo, pelo comitê de ética da entidade enquanto são investigadas denúncias de assédio.
Em sua participação no UOL News Esporte, com Domitila Becker, Renato Maurício Prado afirma que a competição não traz ganho nenhum para o futebol brasileiro em termos técnicos e ainda tem o risco de novos casos de covid, citando os surtos ocorridos em clubes como o Flamengo, que teve Rogério Ceni diagnosticado.
"Essa Copa América só pode trazer uma coisa para a gente, o coronavírus dos outros países, é a única coisa que ela pode trazer, porque em termos práticos, em termos técnicos para o futebol brasileiro, ela não vale rigorosamente nada, é daquele tipo de campeonato que eu costumo chamar de me engana que eu gosto. Todo mundo sabe que o Brasil aqui no continente é praticamente absoluto, vai bater em bêbado. E daí? Qual é a vantagem disso? Nenhuma", diz Renato.
"Rogério Ceni, treinador do Flamengo testou positivo para a covid, não vai nem poder dirigir o time nas duas próximas rodadas pelo menos, quem vai dirigir é o Maurício Souza. O Flamengo está sob um novo surto de covid e outros clubes estão passando pelo mesmo problema. A gente acha que Copa América é legal? Ah, pelo amor de Deus", completa.
O jornalista afirma que não via nenhuma motivação política ou de preocupação com a pandemia na hipótese de os jogadores se recusarem a jogar, citando que Neymar era apontado como um dos líderes, mas seu histórico recente não indica que ele estaria preocupado com a pandemia.
"Não acredito nem um pouco nessa história de que o possível boicote tinha motivações políticas, claro que não tinha. Um dos líderes do boicote não é o Neymar? Todo mundo que está cobrindo a seleção diz que um dos líderes é o Neymar, vocês acreditam que o Neymar ia fazer um boicote à Copa América, sendo ele tão alinhado como sempre demonstrou ser com o presidente Jair Bolsonaro?", questiona Renato.
"Neymar que deu um réveillon para 500 pessoas na casa dele em Mangaratiba, está preocupado com pandemia? Coisa nenhuma, isso tudo é balela. O que acontece é que os jogadores ficaram sentidinhos, magoadinhos, porque não foram consultados sobre a ideia de trazer a Copa América para o Brasil. A maioria dos jogadores na verdade não queria jogar, mas não era por motivo político e nem por solidariedade à moça que foi assediada, eles preferiam férias", conclui.
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