CBF evita articulação no STF envolvendo decisão sobre a Copa América
A confirmação da sessão virtual extraordinária no Supremo Tribunal Federal (STF) para analisar na quinta-feira (10) o pedido de suspensão da Copa América no Brasil, em um processo aberto pelo PSB e o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG), atrai interesses políticos e esportivos. Mas o UOL Esporte apurou que a estratégia da CBF é não se envolver em Brasília e esperar, à distância, o desfecho da história.
Além do desgaste de imagem gerado pela crise atual, turbinada pelo afastamento do presidente Rogério Caboclo, após denúncia de assédio moral e sexual, a CBF vê no STF um campo de difícil trânsito no momento. Na entidade, ninguém se arrisca a prever o resultado, embora a tendência — como publicou Carla Araújo, colunista do UOL — seja a de que a corte não barre a competição. Um ministro disse, sob anonimato, que "não é papel do STF impedir o evento".
Na sessão virtual, os ministros terão um período de 24 horas, entre 0h e 23h59 de quarta-feira, para publicar seus posicionamentos. A tendência do STF de não interferir na Copa América se une à "contrapartida" voluntária da CBF em relação ao processo. Como quer fugir da polarização político-partidária após o afastamento de Rogério Caboclo da presidência, a diretoria da CBF não vai articular em prol de uma decisão específica.
A leitura na entidade é que quem tem interesse maior sobre a discussão no STF é o governo federal, que é parte do processo. Inclusive, a Advocacia Geral da União (AGU) poderá fazer sustentação oral amanhã (9), na véspera da sessão virtual extraordinária. O mesmo vale para os advogados do PSB.
Bolsonaro deu aval na semana passada para o recebimento da Copa América no Brasil e o debate ao redor do torneio, além de envolver o desempenho do país na pandemia, se misturou a plataformas políticas.
Desde que Caboclo saiu, nenhum dos figurões da diretoria da CBF conversou diretamente com Bolsonaro. O presidente, inclusive, será convidado pela Conmebol para a abertura, em Brasília, domingo (13), caso a tendência se confirme e a competição siga em pé.
A CBF corre contra o tempo para entregar à Conmebol precisa para colocar a competição em curso. Um dos vice-presidentes, Fernando Sarney virou o principal nome na condução da Copa América por parte do Brasil. A nota publicada pelos jogadores da seleção, dizendo-se contra a organização do torneio, em nada altera o ritmo de trabalho.
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