Marcelo Cabo sobre gol anulado do Vasco: "Houve interferência externa"
O empate em 1 a 1 entre Vasco e Boavista pela terceira fase da Copa do Brasil foi marcado por um lance polêmico. Aos 14 minutos do segundo tempo, o atacante Gabriel Pec marcou o gol de empate para o Cruzmaltino e os jogadores adversários reclamaram muito de uma possível mão de Germán Cano. Após cinco minutos, a arbitragem decidiu assinalar a infração e anular o tento.
O curioso é que nesta fase da competição a arbitragem ainda não conta com a tecnologia do VAR, algo que gerou muita revolta por parte de todo o elenco do Vasco, comissão técnica e diretoria.
"Simples. Na minha opinião, houve interferência externa. O gol foi validado pelo árbitro e ouvi do quarto árbitro que foi gol, que sairia a bola do meio de campo. Depois, houve algo de fora, ele coloca a mão no ouvido, escuta e anula. Ele disse que estava falando com o assistente, mas eu estava do lado dele e do quarto árbitro, e não ouvi de nenhum dos dois que não havia sido gol. Houve interferência externa, não sei como e qual, mas o quarto árbitro sempre falava que ia desfazer a confusão e o gol seria dado", declarou em entrevista coletiva virtual na Vasco TV, complementado:
"É um lance de interpretação. Desde o momento que ele interpreta o lance, dá o gol e não tem VAR, como é que ele anula o lance? Isso é o que eu quero entender".
Durante toda a confusão, que durou cerca de oito minutos, a transmissão do Sportv flagrou o técnico do Boavista, Leandrão, mostrando um celular ao quarto árbitro Rodrigo Nunes de Sá, algo que é proibido. Cabo comentou essa situação:
"Minha comissão técnica viu [a cena], eu não vi. Depois eu vi a foto do Leandrão mostrando o celular para o quarto árbitro, para o Rodrigo [Nunes de Sá]. Eu não posso também julgar se ele viu a imagem ou não, mas ele [Leandrão] sacou um telefone do bolso e mostrou ao quarto árbitro. Mas continuo batendo na tecla: houve interferência externa. Podem ver a imagem, ele vai sair a bola, coloca a mão no ouvido, escuta por 20 ou 30 segundos e anula o gol. De onde veio essa informação se não temos VAR? o quarto árbitro e o assistente estavam do meu lado. Voltaram atrás num gol que, ao meu ver, foi legítimo do Vasco da Gama".
Marcelo Cabo, porém, fez questão de frisar que é a favor do VAR no futebol. No entanto, ressaltou que, caso uma partida não conte com a tecnologia, a decisão do árbitro deve prevalecer.
"Você está jogando uma terceira fase de Copa do Brasil. Você tem ganho técnico e financeiro. Hoje poderíamos pagar o preço de uma interpretação. Sou totalmente a favor do VAR. Não entendo como não temos o VAR numa fase aguda dessas da Copa do Brasil. Mas desde que não tenha o VAR, vale a decisão do árbitro. Ele deu o gol e três minutos depois voltou atrás. Deixo para os especialistas. Mas esse é um tema importante", avaliou.
Com o resultado, o Vasco avançou para as oitavas de final da Copa do Brasil. No jogo de ida, em Bacaxá (RJ), o Cruzmaltino havia vencido por 1 a 0.
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