Tite evita polêmicas e perde paciência: "Não sou hipócrita e nem alienado"
O técnico Tite concedeu entrevista coletiva após a vitória da seleção brasileira sobre o Paraguai ao lado de um auxiliar, Cleber Xavier, e do coordenador da equipe, Juninho Paulista. Foram feitas sete perguntas enviadas por jornalistas do Brasil e em três delas a resposta do treinador foi concisa, indicando falta de paciência com os temas.
Quando questionado se pensou em pedir demissão por causa da insatisfação pela mudança de sede da Copa América para o Brasil, Tite foi mais extensivo na resposta: "Eu pensei no trabalho e nas exigências que teria a cada dia, a cada momento, que jogador escalar... Quero fazer um agradecimento especial ao Thomaz e ao Bruno [analistas de desempenho da seleção], que passaram dois dias sem almoçar direito em função do trabalho realizado. Esses bastidores que a mídia não tem acesso são importantes na construção do trabalho. Eu peguei a minha energia toda e fiquei voltado para isso. Não sou hipócrita e nem alienado e sei que as coisas acontecem, mas sei dar prioridade, que é meu trabalho."
Tite respondeu sucintamente a três assuntos. Perguntado se o afastamento do presidente da CBF, Rogério Caboclo, mudou o tom da insatisfação interna, ele respondeu: "Se... se eu não tivesse parado de jogar com 27 anos eu não seria técnico. 'Se', não dá para responder no 'se'.". Depois, foi questionado sobre a influência do afastamento de Caboclo nas decisões do dia a dia e respondeu que é "nenhuma".
Por fim, sobre o comportamento mental dos jogadores em meio às situações ao longo das duas últimas semanas, o treinador disse "eu quero é comemorar um pouquinho" e passou a palavra ao auxiliar Cleber Xavier.
Sobre a vitória
Os 2 a 0 sobre o Paraguai garantiram ao Brasil a chegada aos 18 pontos nas Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar em seis rodadas — ou seja, 100% de aproveitamento. Tite comemorou a vitória em sua entrevista coletiva:
"Conversando com Berizzo [técnico do Paraguai] antes e depois do jogo falamos sobre o grau de dificuldade histórico e de competitividade pela qualidade dos enfrentamentos que temos, foi assim na Copa América que empatamos em casa, foi aqui hoje também. O fato de ter saído na frente nos colocou em condição de administrar, de o jogo ficar mais fluente sem necessidade de buscar gol toda hora. É uma vitória importante", disse o treinador, questionado também sobre o ponto em que a seleção está no seu processo até 2022.
"É muito difícil a gente mensurar agora, são etapas que a equipe vai construindo. Olho para o Clodoaldo [campeão do mundo em 1970 e chefe da delegação atualmente], que fez uma observação sobre a Copa de 70, de que a seleção foi se construindo com o tempo. Como característica é assim, porque não temos muito tempo de estar junto e ajustar. Hoje entramos com três jogadores diferentes e mais as substituições, então essa competitividade leal e o alto nível é que proporcionam o crescimento."
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