Presidente do Fortaleza sobre Ceni: Na época da saída ficou uma chateação
O Fortaleza começou a edição atual do Campeonato Brasileiro como uma as sensações, com duas vitórias nos jogos diante de Atlético-MG e Internacional, com o time atuando de maneira mais ofensiva, estilo adotado durante as duas passagens do técnico Rogério Ceni, que participou do momento de crescimento do clube, como afirma o presidente Marcelo Paz, na volta à Série A, embora tenha causado incômodo em suas duas saídas para assumir outros clubes, a primeira para o Cruzeiro, onde não foi bem, e a segunda no Flamengo, conquistando o Brasileirão.
Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, Marcelo Paz afirma que ocorreu uma chateação na época em que Ceni trocou o Pici pela Gávea, mas que isso já foi superado e hoje há uma relação muito boa com o treinador, agora adversário.
"Mágoa não ficou. Na época da saída ficou a chateação natural, porque não se esperava, em nenhuma das duas eu não esperava que acontecesse porque o Rogério sempre foi muito assediado, sempre que esteve aqui. Por clubes nacionais, por clubes do exterior, e ele teve dois sim, para o Cruzeiro e para o Flamengo, mas teve uns 20 não para vários outros clubes, então a gente sempre acha que vai ser mais um não e quando ocorre a saída, e é no meio do ciclo, é muito ruim, porque a troca, a substituição do comando, ela é sempre traumática, em qualquer setor", afirma Paz.
"Essa do Flamengo eu não esperava mesmo que acontecesse, mas eu conversei com ele e vou repetir o que eu disse já em outras entrevistas, eu disse 'Rogério, o amigo Marcelo diz: poxa, você tem que ir, é o Flamengo. O presidente Marcelo diz: você não pode ir, porque você tinha assumido um compromisso comigo e com o Fortaleza até final da Série A'. Mas passou, acho que ele fez a escolha que ele entendeu ser correta e se mostrou ser correta, até foi campeão brasileiro com o Flamengo, conseguiu o objetivo de ser campeão brasileiro. Foi campeão da B pelo Fortaleza e da A pelo Flamengo", completa.
O dirigente afirma que a parceria entre o Fortaleza e Rogério Ceni foi boa para os dois, com o crescimento do clube em projeção, se consolidando na elite nacional, e para o treinador, que chegou ao Flamengo pelo trabalho que conseguiu fazer na capital cearense.
"Está em um clube de uma estrutura sensacional, com grandes jogadores, tudo o que ele sempre quis e o Fortaleza foi muito importante nesse processo, foi uma via de mão dupla, e hoje a gente nutre uma relação de amizade, de respeito, de trocar ideias de vez em quando, de bater papo, de parabenizar um ao outro, de torcer um pelo outro, então ficou aí uma gratidão, uma amizade e um respeito, mas na época que acontece a saída fica sim um pouco de chateação, mas essa mágoa já foi completamente apagada", afirma Paz.
Rogério Ceni foi fundamental na mudança por modelo ofensivo
O Fortaleza conta hoje com o técnico argentino Juan Pablo Vojvoda, que gosta de times que jogam de forma mais ofensiva, o que casa com o que pretende atualmente a direção do clube, segundo seu presidente. Segundo Marcelo Paz, Rogério Ceni foi o responsável por fazer o clube acreditar mais em uma postura de buscar sempre o gol e a vitória.
"A presença do Rogério aqui ajudou muito nessa mudança, o Rogério tem uma mentalidade ofensiva, corajosa, quando o Rogério foi para o Cruzeiro, que ele fez algumas alterações no jogo lá contra o Inter, o pessoal 'caramba, tirou o zagueiro e botou o Henrique de zagueiro', a gente já sabia que ele iria fazer aquilo, porque ele fazia aqui. Às vezes ele precisava ganhar o jogo e ele não tinha mais tantas alterações, tinha a última, ele tirava realmente um zagueiro e botava um atacante, desvia o volante para ser zagueiro, ia com o time para cima, então a gente passou a acreditar que tem que gostar de ganhar jogo", afirma Paz.
"Esses conceitos de futebol foram mudados sim dentro do clube, a gente tem passado isso também para as categorias de base, para que se treine nesse formato, nesse modelo, e sobretudo o torcedor do Fortaleza, ele quer um time assim, um time com coragem, um time que vá para cima, um time que busque o gol, um time que seja vertical, que finalize no gol do adversário, e o futebol é entretenimento, tem um esporte, tem uma ciência toda aí que a gente trabalha, mas do outro lado da TV tem uma pessoa que quer estar se entretendo, quer estar feliz", conclui.
O Dividida vai ao ar às quintas-feiras, às 14h, sempre com transmissão em vídeo pela home do UOL e no canal do UOL Esporte no Youtube. Você também pode ouvir o Dividida no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music.
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