Resumo da notícia
- Colunistas do UOL tentam explicar o motivo de tanta zebra na Copa do Brasil
- "Acho que muitas vezes o momento explica bem as quedas", diz Rodolfo Rodrigues
- Andrei: "Cada jogo, uma história. Futebol é especialista em surpreender o óbvio"
- Milton Neves: "É o mata-mata! Ele é imprevisível e é o oxigênio da bola"
Favoritos em seus confrontos, Palmeiras, Cruzeiro, Corinthians e Internacional acabaram eliminados da Copa do Brasil ainda na terceira fase do torneio de mata-mata por CRB, Juazeirense, Atlético-GO e Vitória, respectivamente, em jogos disputados quarta (9) e ontem (10).
Mas o que explica tanto time favorito eliminado da Copa do Brasil ainda na terceira fase da competição? Fizemos essa pergunta aos colunistas do UOL Esporte. Veja o que eles pensam:
Cada um com seu contexto. No caso do Palmeiras foi vexame, mesmo perdendo muitos gols. Corinthians e Cruzeiro só eram favoritos por camisa e tradição. O Internacional desmoronou após a expulsão do zagueiro Pedro Henrique. Copas nacionais reservam essas surpresas no mundo todo.
ANDRÉ ROCHA
Cada jogo, uma história. Mas o futebol é especialista em surpreender o óbvio, ainda mais numa competição de 180 minutos. Os exemplos estão na história da competição e nos museus de vários clubes.
ANDREI KAMPFF
O velho chavão de que não existem mais bobos no futebol, o equilíbrio que o conhecimento e a preparação física proporcionam, as sortes e os azares do mais fabuloso dos esportes.
JUCA KFOURI
São contextos diferentes. Corinthians e Cruzeiro estão em péssima fase e nos lembraram disso. O Inter não se encaixou com Ramirez, infelizmente porque é um treinador que tem boas ideias. Já o Palmeiras foi um vexame, acabou desclassificado por um time tecnicamente muito inferior e dessa vez nem desculpa de calendário apertado tem.
MARCEL RIZZO
Cada caso é um caso. O Cruzeiro não é mais favorito nunca. O Corinthians, pela camisa apenas. O Palmeiras, pela falta de pontaria e inépcia para cobrar pênalti. O Inter, pela expulsão de Pedro Henrique. E todos, pelo trabalho sério dos vencedores.
MENON
Gosto de pensar que o futebol do nordeste, que a mídia hegemônica tende a deixar um pouco de lado (e preciso me incluir nessa falha porque faço parte dessa massa), talvez esteja menos colonizado do que o futebol do centro-sul. Com isso quero dizer que o futebol praticado no nordeste tem tido mais ressonâncias com nossa cultura de frestas, para usar um pensamento do professor Luiz Antonio Simas, que é uma cultura despida das institucionalizações. É, portanto, uma cultura mais vibrante, mais colorida, mais pulsante. Num campeonato de pontos-corridos times mais ricos tendem a se dar melhor porque é preciso mais estrutura, elenco, dinheiro para começar e terminar a jornada mantendo uma regularidade de elenco e de entrosamento, e também de nível técnico. Mas num mata-mata essa pulsação de vida, de jogo, de alegria pode falar mais alto, encantar e vencer.
MILLY LACOMBE
É o mata-mata! Ele é imprevisível e é o oxigênio da bola. Único formato capaz de nos apresentar o futebol em sua essência.
MILTON NEVES
Cruzeiro e Corinthians apenas cumprem o roteiro escrito para eles por maus gestores. O Palmeiras pagou por um jogo desorganizado, com apenas 11 cruzamentos certos em 52 tentativas e só 10 finalizações no alvo em 34 disparos, segundo o Sofascore. A eliminação do Inter é resultado da dificuldade de Miguel Angel Ramírez para arrumar o time.
PERRONE
Acho que muitas vezes o momento explica bem as quedas. O Cruzeiro vem sendo um saco de pancadas, está com um elenco totalmente desmotivado e pegou um time empolgado, que fez uma boa campanha no Campeonato Baiano. O Inter vem mal das pernas com Miguel Ángel Ramírez. Perdeu o título gaúcho, foi goleado no fim de semana, teve jogador expulso e não está se encontrando em campo. O Palmeiras teve chance de matar o confronto na ida. Não conseguiu, pegou um time bem fechado e depois falhou nos pênaltis, como nas últimas três decisões. O time está abalado nessas disputadas. Já o Corinthians tem um elenco limitadíssimo hoje, onde uma queda antes das oitavas pode ser considerada normal.
RODOLFO RODRIGUES
Em cada caso podemos enumerar alguns fatores. Tem a questão da displicência e pouca concentração, muitas vezes subestimando adversários inferiores tecnicamente, o fato de muitos times tidos como favoritos viverem uma fase ruim neste momento, a pressão do favoritismo, e méritos também de quem surpreende, o que é comum num torneio de mata-mata.
RODRIGO COUTINHO
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.