Alvo da torcida, presidente do Cruzeiro perde apoio de parceiros e agentes
Ser presidente do Cruzeiro não tem sido nada fácil para Sérgio Santos Rodrigues, que precisa lidar com a falta de dinheiro no clube, reclamação de jogadores e funcionários por salários atrasados, dívidas estratosféricas — processos na Fifa — e, ainda, a má fase do time dentro de campo. Vendo a Raposa como lanterna na Série B do Campeonato Brasileiro, o torcedor celeste já mostra sua insatisfação com os rumos que o time está tomando e quer a renúncia do mandatário. Tanto que há um protesto, convocado por torcidas organizadas, previsto para hoje (11), na porta da Toca II, à 16h.
O protesto é apenas uma amostra da insatisfação do torcedor, que demonstra todo seu incômodo nas ruas e pelas redes sociais. Na última quinta-feira (10) houve foguetório na porta da casa de Santos Rodrigues. O presidente do Cruzeiro, segundo apurou o UOL Esporte, não estava em casa. Nem mesmo seus familiares se encontravam na residência, mas o barulho perturbou os vizinhos.
Novos protestos estão previstos para os próximos dias.
Mecenas não ajuda mais
Além da insatisfação da torcida, Sérgio sofreu um baque enorme. Pedro Lourenço, empresário do ramo supermercadista em Minas Gerais e mecenas que ajudava o clube, já disse que não investirá mais dinheiro enquanto Rodrigues seguir no comando do clube. O empresário chegou a comentar que não atenderia mais as ligações do dirigente.
Não é a primeira vez que Lourenço mostra diferenças com a atual gestão. O UOL, em outubro do ano passado, publicou reportagem mostrando que havia problemas entre Sérgio Rodrigues e o maior investidor do clube.
Ignorado por empresários
Em busca de reforços no mercado o Cruzeiro tem dificuldades para contratar, tanto pela falta de dinheiro quanto pela indisponibilidade de empresários para negociar com o clube. Por isso, apenas emergentes tem aceitado conversar com o clube.
A atual gestão do Cruzeiro afastou grandes de agentes dos bastidores do clube. André Cury, um dos empresários mais influentes do país, não negocia mais com Sérgio Rodrigues. Além dele, outros profissionais com forte poder de atuação no mercado da bola se afastaram da Raposa.
Outro agente que encerrou qualquer tipo de relação com o presidente do Cruzeiro é Bruno Vicintin. Ex-dirigente da Raposa, Vicintin agencia atletas da base do clube que têm chances mínimas de renovar o contrato, por suposta perseguição da diretoria aos atletas que trabalham com o empresário.
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