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Apesar da covid, técnico e atacante da Venezuela defendem a Copa América

José Peseiro, técnico da Venezuela, comparou a Copa América à Libertadores - Divulgação/Facebook/FVF
José Peseiro, técnico da Venezuela, comparou a Copa América à Libertadores Imagem: Divulgação/Facebook/FVF

Marinho Saldanha

Do UOL, em Brasília (DF)

12/06/2021 20h30

O atacante Fernando Aristeguieta e o técnico José Peseiro, da Venezuela, são a favor da disputa da Copa América independente do que aconteceu com seu grupo, que perdeu 13 membros da delegação que testaram positivo para covid-19. O atleta e o treinador disseram que a competição deve ser realizada sem qualquer problema.

"Eu penso que desde que começamos a jogar sabemos que estamos expostos. É uma realidade. Eu penso que se tomamos as medidas necessárias, podemos jogar. Pode acontecer o que acontece conosco. Mas eu sigo de acordo com a disputa dos torneios", afirmou o atleta.

Peseiro foi além e comparou os jogos da Copa América às partidas de Libertadores e Sul-Americana.

"Se o futebol está sendo disputado em todo mundo, em lugares já com torcedores, se jogamos a Libertadores e a Sul-Americana, não teria sentido por em dúvida a Copa América", disparou o técnico.

Sobre a manifestação dos jogadores do Brasil, que antes da competição citaram insatisfação com o torneio, Aristeguieta disse desconhecer as razões.

"Eu pessoalmente estou de acordo com a realização da Copa América. Desconheço o motivo para desacordo dos brasileiros", acrescentou.

Hoje a Venezuela confirmou 11 testes positivos para covid-19 feitos no Brasil. O número chega a 13 contando dois atletas que não viajaram pois testaram anteriormente. A Federação Venezuelana de Futebol convocou 15 atletas às pressas para completar o grupo.

"Isso vai afetar muito nosso time. Do time que joga amanhã, dois jogariam se não fosse a covid. Mas isso não é desprezar os jogadores que atuam amanhã. Se estão aqui, confiamos neles. Por mais que saibamos que o Brasil pode fazer três ou quatro times para jogar a Copa América com pouca diferença entre os jogadores, e nós não temos tantos jogadores assim, vamos jogar com dignidade e colocar tudo amanhã", finalizou o técnico.

Brasil e Venezuela abrem a Copa América amanhã (13), às 18h (de Brasília), no Mané Garrincha, em Brasília.