Protestos do lado de fora da Arena Pantanal marcam estreia da Copa América
A estreia da Copa América em Cuiabá (MT) foi marcada por protestos do lado de fora da Arena Pantanal, que recebe a partida entre Colômbia e Equador. Colombianos demonstraram descontentamento com as ações do Governo do país e a suposta postura omissa dos jogadores da seleção em relação ao assunto, enquanto enfermeiros brasileiros fizeram reivindicações.
As manifestações se concentraram em frente ao portão 6, onde as delegações e a imprensa ingressavam no estádio. No momento em que o UOL Esporte esteve no local, 13 colombianos se faziam presentes, dentre eles o tatuador Arnold Riveros e sua esposa Julieth Gomez, que levaram os seguintes cartazes: "Distantes, mas não indiferentes"; "Polícia assassina"; Presidente assassino"; e "Não dizer e fazer nada te torna cúmplice".
"Minha ofensa maior é que sempre se apoiou a seleção colombiana, sempre estivemos com ela nos piores momentos, e agora que a Colômbia está em seu pior momento, não se manifesta, não se diz nada, não se move um dedo. Em Colômbia estão nos matando, então a seleção da Colômbia não nos representa", declarou ao UOL Esporte o tatuador, que mora em Cuiabá há oito meses.
Os protestos na Colômbia começaram em 28 de abril de 2021 contra o aumento de impostos e a reforma da saúde proposta pelo governo do presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez.
As manifestações por lá já resultaram em muitas mortes e violências policiais. Os números de óbitos e de abusos de autoridade, no entanto, são desencontrados entre as organizações.
Enfermeiros exigem piso e jornada de trabalho
A poucos metros dos colombianos estava um grupo de 30 enfermeiros mato-grossenses que faziam exigências para um piso salarial à categoria e uma jornada de trabalho de 30 horas. Além da manifestação, eles recolhiam assinaturas para um abaixo-assinado.
"Nós somos a enfermagem mato-grossense e do Brasil, que reivindica o piso salarial e a nossa carga horária. Estamos aqui como soldados da enfermagem e das nossas categorias e queremos dizer para o presidente do Senado, senhor Rodrigo Pacheco, que disse que a nossa PL não é palatável... Nós queremos demonstrar aqui hoje, de forma confiante, segura e sem aglomeração, que ele vai ter que nos ouvir", declarou o enfermeiro e mestre Daniel Alves de Oliveira.
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