Perfil de Twitter vaza dados de presidente do conselho do Palmeiras
Um perfil apócrifo de Twitter vazou, na noite desta quinta-feira (17), dados de Seraphim del Grande, presidente do Conselho Deliberativo do clube. O dirigente teve seu número de telefone e seu CPF divulgados.
O perfil divulgou também a transcrição de um diálogo que afirma ter acontecido entre Del Grande e Leila Pereira em 2 de junho, no qual são discutidos pagamentos dela ao cardeal, supostamente por algum tipo de apoio político.
O UOL conversou com Seraphim del Grande, que estava saindo de uma reunião com conselheiros do clube, onde Leila Pereira também estava presente. Lá, diversos conselheiros também receberam link para a postagem. Ele negou a veracidade do diálogo, embora tenha confirmado que o telefone e o CPF, que também é sua chave Pix, sejam mesmo seus.
"Obviamente é mentira. Tenho 70 anos de Palmeiras e nunca recebi nenhum tipo de acusação. Não tenho nada a esconder. Nem eu, nem a Leila", disse Del Grande. "Qualquer um tem acesso ao meu telefone e ao meu CPF", acrescentou.
"Se quiserem, podem quebrar meu sigilo bancário. Capaz que fiquem com pena e decidam depositar algum dinheiro", disse ele, entre risos.
Seraphim del Grande acusou a oposição de ser responsável pelo vazamento e pela acusação, segundo ele, infundada.
O UOL fez contato com a assessoria de imprensa de Leila Pereira, que também negou a veracidade do diálogo.
Seraphim acusa oposição pelo vazamento
"É o mesmo pessoal da Blackstar", disse ele, fazendo referência a uma oferta de patrocínio levada ao Palmeiras às vésperas da eleição para presidente do clube em 2018.
Na ocasião, o empresário Rubnei Quicoli se dizia representante da companhia, cuja proposta foi levada ao clube pelo então candidato à presidência Genaro Marino.
Quicoli não conseguiu comprovar a veracidade das informações sobre a empresa que dizia representar —um fundo de investimentos— e retirou a oferta.
O caso Blackstar levou à suspensão de um ano como associado de Marino, além de advertências para o ex-presidente Paulo Nobre e os conselheiros José Carlos Tomaselli e Ricardo Galassi, que tinham ligaçãoes prévias com Quicoli.
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