Neymar desabafou após a goleada por 4 a 0 do Brasil sobre o Peru, nesta quinta-feira (17), pela Copa América. Autor de um gol, o atacante chorou e disse que passou por "coisas complicadas" nos últimos anos. Ele também falou do orgulho em vestir a camisa da seleção.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Luiza Oliveira, Mauro Cezar Pereira, José Trajano e Menon - os comentaristas falaram sobre o comportamento de Neymar. Embora reconheçam a importância do atacante para a seleção, eles foram unânimes nas críticas sobre a falta de maturidade e sua capacidade de liderança.
"No PSG, ele fez jogos como um dez, vindo de trás. Essa posição talvez venha a ser onde ele possa seguir sua carreira. Ainda mais porque ele vai chegando a uma faixa de idade em que ele vai perder aquela disputa individual pelo lado esquerdo. Ele precisa mudar é uma questão de ter mais maturidade até para liderar tecnicamente a seleção", opinou Mauro.
O colunista usou como exemplo um lance no final da partida contra o Peru para ilustrar que Neymar ainda precisa amadurecer. "Essas firulas são um bom exemplo disso. A jogada é bonita, mas é uma mera provocação aos coitadinhos da seleção do Peru. Não acrescenta nada. Ele precisa ter um pouco mais de postura de grande jogador. Aquilo parece coisa de moleque que está na pelada com os amigos. Isso atrapalha bastante. O Tite também parece refém do Neymar", comentou.
Trajano também cobrou uma postura mais firme do atacante para assuntos relevantes, como por exemplo a gravidade da pandemia de covid-19 no Brasil. "Pensei que ele havia chorado em relação ao meio milhão de mortos na pandemia. Ele não tem maturidade. Joga muito, sabe muito de futebol, mas não é mais o grande jogador do PSG. Dizer que passou por dois anos de dificuldade? Ah, vá plantar batata", desabafou.
Menon também ressaltou esse lado problemático do jogador. "O Neymar é muito dependente emocionalmente do pai dele, dos parças. Parece que ele não sabe ganhar, mas também não sabe perder. É um cara complicado. Infelizmente, é um cara chato, bobinho. Com 30 anos, quase, e assim, imaturo", lamentou.
Mauro vê Neymar distante de reunir as qualidades exigidas para ser o líder da seleção brasileira. "Vai fazer isso [as firulas] contra uma seleção forte, em uma grande disputa? Não. Faz contra o Peru. Um cidadão que, a esta altura, com tanto tempo no futebol, caminhando para os 30 anos, ainda está nessa? Acho muito difícil que ele seja essa liderança técnica e esse capitão de verdade. Ele não tem a postura assim. Lembrando que, no time dele, o jogador, hoje, não é ele; o destaque é o Mbappé", completou.
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