Nenê é "o cara" do Fluminense; e Roger aposta em sua longevidade
Em outros tempos contestado, Nenê virou uma espécie de referência no time do Fluminense, que vem colhendo bons resultados na temporada 2021. O veterano meio-campista é alvo de elogios públicos do técnico Roger Machado e tem-se mostrado um jogador essencial na condução ofensiva do Tricolor.
O atual momento colide com a reta final da temporada passada, quando Nenê foi descartado do time titular. Sob o comando de Roger, chegou a ter sua titularidade questionada após a chegada de Cazares e até frequentou o banco de reservas, mas agora é um jogador crucial, e nem mesmo o fato de estar beirando os 40 anos tem atrapalhado sua trajetória.
Ontem (17), contra o Santos, Nenê foi decisivo. O Fluminense chegou a ser acuado, mas contou com um gol de seu veterano armador para sair com a vitória por 1 a 0. Foi o primeiro gol dele neste Campeonato Brasileiro, justamente em sua centésima partida com a camisa tricolor, garantindo o segundo triunfo do time na competição.
"Fisiologicamente, o Nenê não tem 39 anos, deve ter uns 34 ou 35 no máximo. Outro dia, eu recebi um relatório do mês. Ele faz o mesmo volume de treinos e jogos que os nossos jogadores mais jovens e com a mesma característica, como o Martinelli, o Yago e o Biel [Gabriel Teixeira]. São jogadores que fizeram mais de 100 quilômetros de volume entre jogos e treinos. E o Nenê estava entre eles", justificou Roger.
"A longevidade está relacionada à qualidade que ele teve durante a carreira e ao fato de ele ter jogado mais da metade do tempo fora do Brasil. Dificilmente alguém que atua o tempo todo no Brasil vai chegar nessa fase com a energia que ele tem. Eu joguei até 34 anos e terminei com artrose nos tornozelos, seis cirurgias de joelho, uma de púbis, três hérnias de disco. O jogador se arrebenta com esse calendário", lembrou o treinador.
Os elogios de Roger não param na questão técnica. Para o treinador tricolor, Nenê tem sido fundamental na estratégia do time durante as partidas. E isso acaba compensando a perda de outras características pelo peso da idade.
"Lógico que o jogador perde sua potência, mas compensa com a liderança, experiência. Converso muito com ele, taticamente ele passa muitas informações para fora do campo. Hoje [ontem], teve a informação do fato de o Santos pesar um lado com muitos jogadores. A gente teve que deslocar dois volantes para lá e puxar um meia [Nenê] para fazer um papel de volante."
E complementa ao destacar o bom relacionamento com seu pupilo. "É uma relação construída, ele é apaixonado pelo jogo. E quando demonstra insatisfação por sair, antes de quando entende que deveria por estar gostando do jogo, faz parte. Vamos fazendo a gestão desse processo, dando a oportunidade para todos estarem em campo e que bom que ele está sendo decisivo ainda."
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