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Zagueiro uruguaio é "quase brasileiro" e aposta do Barcelona para o futuro

Ronald Araujo defendendo a seleção uruguaia - Lars Baron - FIFA/FIFA via Getty Images
Ronald Araujo defendendo a seleção uruguaia Imagem: Lars Baron - FIFA/FIFA via Getty Images

Marinho Saldanha

Do UOL, em Brasília (DF)

18/06/2021 12h00

Por muito pouco que um zagueiro promissor, eleito futuro da zaga do Barcelona, ao invés de disputar a Copa América de azul poderia estar jogando de amarelo. Ronald Araújo, de 22 anos, é natural da cidade fronteiriça de Rivera, que faz divisa com o Rio Grande do Sul. Sua mãe é brasileira, mas a ligação ao país fica apenas nisso.

Ronald nunca chegou a atuar no futebol brasileiro, mesmo que Inter e Grêmio, por exemplo, possuam observadores na região. Seus primeiros chutes foram nas escolinhas de futebol do lado uruguaio da fronteira. Partiu da mãe a iniciativa de insistir para que ele investisse no futebol. O pai, uruguaio, não gostava muito da ideia.

Logo o menino estava no Huracán de Rivera, como atacante. As categorias de base fizeram ele ir recuando até virar defensor, e o sucesso não tardou. Veio o Atletico Rentistas e depois o Boston River, onde se consolidou totalmente. No futebol uruguaio, o "quase brasileiro" já era considerado promessa com nível de seleção.

Até que o rendimento cruzou o oceano. Com 19 anos já tinha jogado competições internacionais, participado de Mundial Sub-20 com a Celeste, se firmado no futebol nacional. Foi quando surgiu uma oportunidade de ouro: jogar no Barcelona.

O clube catalão comprou Ronald por um valor baixo para o mercado europeu. Investiu 1,7 milhão de euros (R$ 10 milhões na cotação atual). O vínculo de cinco anos assinado em 2018 tem multa rescisória de 100 milhões de euros (R$ 592,2 milhões na cotação atual).

Depois de passar por um período de adaptação no Barça B, Araújo já é realidade no time de cima. Na última temporada disputou 33 partidas e marcou dois gols. Seu crescimento impressiona tanto o clube quanto a seleção, que o coloca como futuro titular da equipe.

Hoje ele deve começar no banco o duelo entre Uruguai e Argentina, pela Copa América. Mas como a Celeste passará em breve por uma mudança de geração, com vários nomes conhecidos deixando a seleção, é praticamente certo que oportunidades não faltarão a quem por pouco não joga com a amarelinha.