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Em dia de protestos, Everton Ribeiro pede mais vacina e amparo do governo

Everton Ribeiro durante entrevista coletiva na Granja Comary - Reprodução/CBF TV
Everton Ribeiro durante entrevista coletiva na Granja Comary Imagem: Reprodução/CBF TV

Danilo Lavieri e Gabriel Carneiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/06/2021 14h55

Em um dia marcado pelos protestos espalhados pelo país contra Jair Bolsonaro, Everton Ribeiro, meio-campista da seleção brasileira, aproveitou para pedir mais vacinas e amparo do governo na luta contra a covid-19.

Em coletiva de imprensa concedida hoje (19), na Granja Comary, em Teresópolis, o meio-campista do Flamengo lamentou a situação vivida pelo país e reiterou que era contra a disputa da Copa América no país, assim como a maior parte dos atletas do elenco.

"O momento é aquele que ninguém quer que continue. Acredito que todos os brasileiros estão esperando que isso passe o mais rápido possível, que mais e mais vacinas possam chegar", iniciou.

"A Copa América ficou nessa indefinição, chegou de última hora para o Brasil e deixamos claro que no momento não achávamos o correto ter vindo para cá de última hora, mas estamos aqui para ganhar. Como brasileiro espero que mais e mais vacinas cheguem para todos e possamos passar todos juntos essa pandemia para voltar a viver como vivíamos e que cada vez mais o brasileiro possa ser bem amparado pelo governo", completou.

Hoje, o Brasil chegou à marca de 500 mil mortos por conta da covid-19 e enfrenta dificuldades na luta contra o vírus pelo atraso na vacinação com o plano do Governo Federal. Várias cidades pelo país registraram milhares de pessoas nas ruas cobrando uma atuação melhor do poder público.

Entre os atletas da seleção brasileira, houve discussão sobre não disputar a Copa América como forma de protesto, mas a saída de Rogério Caboclo da presidência da CBF acalmou a situação. Ainda assim, os jogadores lançaram um manifesto com críticas à organização do torneio e, depois, em entrevistas, voltaram a criticar a competição, assim como fez o técnico Tite.

A Copa América já registrou 82 casos de infectados com pessoas que trabalham na competição entre prestadores de serviço, atletas e membros de delegações. A Venezuela é a seleção mais afetada, mas Colômbia, Bolívia, Peru e Chile também já registraram casos. O Brasil ainda não teve nenhuma baixa pela doença.

Everton diz que, apesar de toda a situação, se sente seguro disputando a competição por conta dos protocolos de segurança. "Acho que sim, né? Vivemos numa bolha. Eu me sinto seguro porque todo jogo a gente faz o teste e isso é recorrente. Onde a gente vive se sente seguro, está todo mundo testado, com máscara. Juntos a gente se sente seguro, sim".