"Assumimos o erro", diz capitão do Chile sobre bolha furada na Copa América
A véspera do jogo contra o Uruguai pela Copa América foi conturbada para o Chile. Rumores de descumprimento das regras sanitárias envolvendo jogadores da "La Roja" eclodiram no noticiário chileno e a federação confirmou que integrantes da delegação "furaram a bolha" de isolamento levando um cabeleireiro para a concentração da equipe em Cuiabá (MT).
Capitão da equipe, o experiente goleiro Cláudio Bravo falou em nome do grupo e assumiu que o elenco errou com o episódio. No entanto, o arqueiro fez questão de frisar que o grupo procurou se precaver no treinamento ontem (19).
"Logicamente somos conscientes de que estamos convivendo com o tema da pandemia. Tivemos sorte de não ter contágio em nossa seleção, sabemos dos erros que cometemos e assumimos também as consequências, Também esclarecendo a situação que não treinamos ontem em condições normais porque foi para proteção. Decidimos trabalhar individualmente dentro do hotel. Então temos que deixar isso claro. Fora isso, a gente assume, sim, o erro. Todos nós assumimos as consequências dos nossos atos", declarou Bravo.
O goleiro lembrou da imagem que os atletas carregam e o exemplo que precisa ser dado, e por isso consideram uma "falha" o que aconteceu mesmo com o cabeleireiro tendo apresentado um exame PCR negativo, segundo eles:
"A gente assume o nosso erro com total personalidade. Estamos numa situação na qual a pandemia é muito forte, então se a gente falha nesse tipo de coisa, estamos alimentando coisas erradas. O mais importante é assumir os erros. Assumimos que erramos por ter ingressado com uma pessoa mesmo ela tendo cumprido os prévios avisos".
Por fim, Bravo acredita que o episódio trará um aprendizado aos jogadores do Chile.
"Sempre podemos nos equivocar, cometer erros e o melhor de tudo é aprender e se fortalecer, contornar a situação da melhora forma possível para não acontecer novamente. O mais importante é: se você errou, não repita a mesma", ressaltou.
Técnico do Chile considera "erro grave"
Técnico do Chile, Martín Lasarte concedeu a entrevista virtual na sequência e classificou o episódio do cabeleireiro como um "erro grave", mas opinou de maneira parecida a Bravo no que se refere ao aprendizado e na o exemplo que se deve dar à sociedade.
"Meus jogadores já declararam muito bem a dimensão de um erro grave que poderia ter sido solucionado de uma outra maneira com mais tranquilidade, mas não foi assim, então se tem que pagar um preço, a gente paga. Não tem muito mais o que fazer de uma forma definitiva. A parte importante é o aprendizado. Estamos vivendo uma fase difícil para todos e temos que dar o exemplo", declarou Lasarte.
Lasarte nega que tenha ocorrido outro episódio
Ao longo do dia, a imprensa chilena especulou que ao menos seis jogadores também teriam feito uma festa na concentração com pessoas que não integravam a delegação. Martín Lasarte, porém, rechaçou tal hipótese:
"Não. A única situação que vivemos foi a do barbeiro".
A Federação Chilena confirmou o episódio do cabeleireiro por meio de uma nota oficial e informou que aplicará uma multa aos jogadores envolvidos, algo que ela própria também terá que pagar, já que o regulamento da Copa América prevê uma punição de US$ 15 mil (R$ 76,3 mil) para rompimento das bolhas sanitárias.
Chile e Uruguai se enfrentam amanhã (21), às 18h (horário de Brasília), na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), pela terceira rodada da fase de grupos da Copa América.
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