Formiga chega ao São Paulo pensando no futuro e diz querer ser treinadora
O São Paulo apresentou hoje (22) a volante Formiga, novo reforço para a disputa do Brasileirão feminino. Aos 43 anos, a veterana se prepara para disputar sua sétima edição de Jogos Olímpicos e vê a chegada ao time do Morumbi como uma etapa final para sua carreira de jogadora, e o início de um novo ciclo, agora à beira do gramado.
"O pós-carreira [me fez voltar ao São Paulo]. Tem um projeto bem audacioso, e acredito que eu posso continuar aqui, trabalhar quem sabe na gestão ou até mesmo como auxiliar técnica. Todos sabem do desejo que tenho de ser treinadora", disse Formiga.
A ideia da volante é aproveitar o período atuando no Brasil para iniciar os cursos de treinadores da CBF, requisito para trabalhar na função. "Já demonstrei meu interesse à CBF de fazer esse curso de treinador, agora que estou de volta ao Brasil. E sem dúvida alguma, sempre observo e busco dicas com os técnicos que trabalho."
Formiga assinou um contrato até o fim de 2022 com o São Paulo. A volante se esquivou dos questionamentos sobre uma aposentadoria assim que o acordo chegar ao final.
A estreia da volante pelo São Paulo ainda deve demorar um pouco. Na próxima sexta-feira (25) ela viaja com a delegação da seleção brasileira para os Estados Unidos, onde acontecerá a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio. A viagem ao Japão está marcada para o dia 15 do próximo mês.
A seleção feminina estreia nos Jogos Olímpicos contra a China, em 21 de julho, dois dias antes da cerimônia de abertura. Na primeira fase, a equipe da técnica Pia Sundhage ainda enfrentará a Hoalnda, no dia 24, e a Zâmbia, três dias depois.
Confira outras declarações de Formiga:
Pia Sundhage, técnica da seleção brasileira feminina
"Avaliar o trabalho de uma pessoa fica difícil. Sou feliz de ter trabalhado com profissionais tão bem qualificados, a Pia é um deles. Sabemos da exigência e sabemos que temos condições de chegar bem na Olimpíada, com o trabalho que ela vem fazendo. Tivemos contratempos com a pandemia, mas ela sempre pedia para nos cuidarmos e buscar nossa melhor forma. [...] Isso abre os olhos das pessoas para verem que é possível trazer pessoas de fora para evoluir o futebol feminino. Esses ensinamentos devem ser passados para várias meninas, o currículo já diz muito."
Aposentadoria
"Ver o futebol feminino no auge seria o momento de eu parar. Acho que está chegando esse momento. Ainda me falta esse papel em relação às meninas novas. Vou ajudar como puder, mas elas precisam valorizar o que têm hoje, precisam trabalhar seriamente. Se hoje elas têm isso, têm que agradecer que trabalhou por isso lá atrás. Meu papel será fazer com que elas acreditem no papel delas, fazer o futebol continuar evoluindo para que elas possam chegar à seleção, que a mídia mostre o trabalho delas."
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