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Técnico da Colômbia diz como tentará parar Brasil de Neymar na Copa América

Reinaldo Rueda, técnico da seleção da Colômbia - Reprodução/Conmebol
Reinaldo Rueda, técnico da seleção da Colômbia Imagem: Reprodução/Conmebol

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

22/06/2021 19h58

A Colômbia tem uma campanha irregular na Copa América e o último compromisso pela fase de grupos é justamente diante do Brasil, dono do melhor ataque da competição, com sete gols. O técnico colombiano, Reinaldo Rueda, já traçou a estratégia para frear os comandados de Tite, especialmente Neymar, grande artífice da magia brasileira em campo.

"A premissa é essa: ter a posse de bola", avisou Rueda.

Ele sabe que o trabalho não será simples. O estilo de jogo do Brasil é de ficar com a bola no pé, buscando espaço entre as linhas adversárias. Segundo dados da plataforma Wyscout, o Brasil teve nos dois jogos anteriores — contra Venezuela e Peru — média de 54% de posse de bola. Mais do que isso: o time de Tite acertou 88% dos passes, com uma média de 15 chutes a gol por jogo.

O cenário faz com que Rueda cogite usar três volantes. Mas para além do número de jogadores com vocação defensiva, ele quer mesmo é ficar com a bola

"Estamos cientes que o Brasil tem uma boa posse de bola, uma boa circulação. Tudo vai passar por essa disputa pela bola. Que tenhamos também a possibilidade de tê-la, com uma boa porcentagem e depois propor ações ofensivas. Aí se vai disputar o jogo. Antes de se pensar no sistema, creio que é no conceito e na execução do nosso plano de jogo para neutralizar o rival", completou o técnico da Colômbia.

Rueda não individualiza em Neymar a capacidade de desequilíbrio do jogo a favor do Brasil. O técnico da Colômbia, que vem de uma derrota até surpreendente para o Peru, sabe que, além de ficar com a bola, não pode dar espaços para a progressão da seleção brasileira em velocidade.

"É uma situação coletiva. Não somente dos homens de fundo. Todos devem ter responsabilidade. Temos que reduzir o volume ofensivo do Brasil. Naturalmente, há circuitos especiais de conexão não só com Neymar, mas de toda parte ofensiva do Brasil. À medida que consigamos ter a bola, podemos minimizar a possibilidade que o Brasil nos ataque e depois reagir com ordem, inteligência, para reduzir os espaços para que eles não tenham essa facilidade para nos fazer danos", afirmou Rueda, classificando o Brasil como "rival de grande quilate".

Brasil e Colômbia se enfrentam amanhã (23), no Nilton Santos, no Rio de Janeiro. A bola rola às 21h.