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Brasil foge de viagens até a final, mas volta à pior grama da Copa América

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Danilo Lavieri e Gabriel Carneiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/06/2021 04h00

Com o primeiro lugar garantido após a vitória de ontem (23) diante da Colômbia, a seleção brasileira garantiu o conforto de não precisar entrar no avião durante a fase de mata-mata da Copa América. A equipe ficará concentrada em Teresópolis, na Granja Comary, e só vai pegar o ônibus para descer a serra e atuar no Rio de Janeiro até o final da competição considerando o chaveamento de quem fosse o melhor do grupo.

A comissão técnica considerava fundamental evitar a perda de tempo e o desgaste com deslocamento maiores e comemora o fato de poder treinar mais em sua própria casa sem a necessidade de mudar de cidade na véspera de cada partida.

O benefício, no entanto, traz uma a enorme preocupação da seleção com o gramado do estádio Nilton Santos, de longe, o pior da competição. Na coletiva de ontem, inclusive, Tite não escondeu a sua enorme insatisfação com a qualidade do piso e voltou a fazer duras críticas à organização do torneio com tudo feito às pressas.

O coordenador de seleções e ex-jogador, Juninho Paulista, tem representado a seleção nas conversas com os responsáveis pela grama do Engenhão, mas não conseguiu nenhuma melhoria até agora. Se for avançando, o Brasil jogará as quartas e a semifinal no mesmo local. Se chegar à final, aí o time volta ao Maracanã assim como fez na decisão de 2019.

O estádio inicia hoje (24) a troca de gramado visando justamente a final da competição e não receberá mais partidas do Brasileirão e da Copa do Brasil por esse motivo. Não há, portanto, a possibilidade de mudança de local para as outras fases.

Tite explica em todas as suas entrevistas que a qualidade do gramado, além de ser perigosa para a saúde dos atletas, prejudica o andamento do jogo que ele considera ideal, que tem velocidade e bastante troca de passes.

O técnico vive praticamente a mesma briga que teve durante todo a Copa América de 2019, que também foi sediada no Brasil. Naquela ocasião, mesmo com todo o período de antecedência, a Conmebol não conseguiu entregar bons gramados e recebeu críticas de todas as seleções, mesma coisa que acontece neste momento.