Flu indica desgaste e Roger estuda opções por volta da "competitividade"
"Variações" foi uma das palavras mais utilizadas pelo técnico Roger Machado na coletiva após a derrota do Fluminense para o Atlético-GO, na última quarta-feira (23). Mais que acabar com a invencibilidade tricolor no Brasileiro, o resultado apontou uma atuação quase que pragmática de um elenco que dá indícios de desgaste em meio ao apertado calendário.
Diante da maratona de partidas, a comissão técnica optou por poupar alguns jogadores, como o lateral Egídio e o atacante Caio Paulista. Além disso, há também uma queda de rendimento de peças que, até então, vinham fazendo a diferença positivamente, como, por exemplo, o atacante Fred.
Com as opções disponíveis, Roger busca alternativas para fazer com que o Fluminense volte a ter as boas atuações que vinha demonstrando em um passado nem tão distante, mas que parece ter perdido o fôlego nas últimas semanas — o time venceu apenas uma nos últimos cinco compromissos, empatou duas e perdeu outras duas.
"A sequência de jogos vai pesar para todos. Optamos por colocar o Danilo [Barcelos] no lugar do Egídio, que estava indo para a 11ª partida, e tirar o Caio, que não conseguiu se recuperar completamente do último jogo, para que mandássemos a campo aqueles que estivessem nas melhores condições. Obviamente que a sequência de jogos vai nos tirar a competitividade. Mas é mais do que isso: o mau momento tecnicamente vai acontecer e também pode estar associado à sequência dos jogos", disse.
Se antes a equipe das Laranjeiras conseguia tirar vantagem e se tornar letal no segundo tempo dos jogos — até o fim de abril, por exemplo, dos 21 gols a favor, apenas um havia sido na etapa inicial —, as substituições já não vêm surtindo o mesmo efeito de outrora, dando uma nova cara ao time.
Vale ressaltar que o treinador, pelo fato de não ter tido pré-temporada entre 2020 e 2021, realizou uma transição cautelosa, mas, recentemente, atestou já conseguir identificar as suas "digitais" no estilo de jogo apresentado.
Em entrevista recente, o presidente Mario Bittencourt indicou que a diretoria ainda tem um lastro para ir ao mercado e buscar reforços, mas o assunto é tratado com bastante cautela
"Espero que possamos seguir nessa batida, com o time performando bastante. Tivemos a contratação de reforços para a Libertadores, e todos sabem que mantivemos uma folha compatível com o orçamento. Eu havia dito, no passado, que, caso a gente se classificasse à Libertadores, aumentaria a receita e a folha em, mais ou menos, 30%. Não chegamos ainda a 30% e ainda temos um espaço para que alguma outra contratação que possa vir", disse.
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