Robinho trata lesão com médico do Santos e visita CT Rei Pelé
Com uma lesão na coxa, o atacante Robinho visitou o CT Rei Pelé ontem e hoje para buscar exames com o doutor Fábio Novi, chefe do departamento médico do Santos e, também, médico pessoal do jogador. Segundou apurou o UOL Esporte, o clube não pretende repatriar o ex-santista, condenado em segunda instância na corte de apelação da Justiça Italiana por estupro coletivo de uma jovem albanesa.
A presença do ídolo fez com que alguns jogadores do elenco registrassem a visita no centro de treinamento, como foi o caso de Lucas Venuto e Rafael Longuine. Na foto abaixo, aliás, Robinho aparece uniformizado. Mas, de acordo com o clube, que entrou em contato com a reportagem, a camisa foi emprestada por Longuine para uma ligação em vídeo com um amigo.
A ideia é que Robinho não continue frequentando o centro de treinamentos do Santos. O clube o liberou para esse contato específico com o médico santista, mas não há intenção de mantê-lo no dia a dia.
Robinho teve seu retorno sacramentado ao Santos na última temporada, em outubro de 2020, quando Orlando Rollo estava à frente da presidência. Entretanto, seu contrato foi suspenso praticamente na sequência devido a grande movimentação negativa dos patrocinadores do clube.
Na época, a repercussão quanto ao retorno do atacante foi tão negativa que as empresas parceiras do Peixe ameaçaram rescindir seus contratos caso o jogador fosse mantido. As marcas não queriam criar vínculo por causa das acusações de violência sexual ocorridas na Itália, além do avanço do caso nos tribunais italianos.
A atual diretoria, assim que assumiu, buscou a rescisão contratual, mas os custos para concretizar o rompimento do vínculo eram relevantes e tornou inviável. O presidente Andres Rueda, então, renegociou o contrato do jogador e aguardou pelo fim do vínculo estabelecido, em 28 de fevereiro.
Sentença: nove anos de prisão
A corte de apelação da Justiça italiana reafirmou a condenação em segunda instância de Robinho e de seu amigo Ricardo Falco a nove anos de prisão por estupro coletivo de uma jovem albanesa de 23 anos na madrugada de 22 a 23 de janeiro de 2013, em uma boate de Milão chamada Sio Café - na época, o brasileiro atuava pelo Milan.
A defesa do brasileiro, então, apelaria à Corte de Cassação, a terceira instância italiana. "[Foi] Uma investigação bem feita, de modo sério, com uma sentença de primeiro grau correta. Profissionalmente, estou muito satisfeito, principalmente pela vítima", disse Cuno Tarfusser, procurador do Ministério Público que atuou no caso em segunda instância.
Em novembro do ano passado, antes da condenação em segunda instância, o UOL Esporte entrevistou o atacante por 40 minutos, e ele afirmou à reportagem que não estava presente para testemunhar a ação pela qual é condenado. Robinho afirmou que ficou sabendo do ocorrido apenas no dia seguinte.
"Meus amigos me contaram no outro dia que, com consentimento da garota, ficaram com ela, se relacionaram sexualmente porque ela quis. E que eles saíram daquela discoteca junto com a mesma garota e foram para outra discoteca", disse.
Franco Moretti, advogado italiano do atacante, disse que não existem provas de que a vítima estava em condição de inferioridade psíquica e física. A defesa do brasileiro apelou também para o fato de que traduções de conversas interceptadas pela polícia, as principais provas reunidas nos autos, teriam sido feitas de modo incorreto.
Já o procurador Cuno Tarfusser disse que os fatos são indiscutíveis: que três garotas foram a uma casa noturna em Milão e, quando chegaram, se juntaram aos brasileiros, que certamente a garota bebeu, que duas delas deixaram o local e a vítima ficou sozinha; que entre 40 e 50 minutos os brasileiros tiveram relação sexual com essa garota e que essa relação aconteceu no camarim da boate.
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