Diretor da CBF acusa Rogério Caboclo de assédio moral na Comissão de Ética
Rogério Caboclo recebeu mais uma acusação na Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Após as acusações de assédio sexual e moral, o presidente afastado foi denunciado novamente por assédio moral, desta vez pelo diretor de Tecnologia da Informação, Fernando França.
A denúncia foi registrada no último dia 22 na Comissão. A informação é do GE e foi confirmada pelo UOL. No documento, o diretor teria afirmado que denunciou Rogério Caboclo por "condutas ilícitas e repugnantes" e pedido para que um novo processo fosse instaurado contra o já afastado presidente.
A CBF afirmou à reportagem que esse tipo de procedimento é conduzido pelo canal de ética da entidade e de forma sigilosa. Carlos Renato de Azevedo, presidente da Comissão de Ética, disse que não poderia comentar o caso.
França ainda teria dito ter sido injuriado, difamado e sofrido agressões ameaçadoras. Segundo a denúncia, após as acusações de assédio moral e sexual feitas por uma funcionária, Caboclo "perdeu completamente o controle" e passou a ofender o diretor.
Rogério Caboclo está afastado desde o último dia 6, como determinado pela Comissão de Ética da CBF. A princípio ele fica fora da entidade por 30 dias, mas há possibilidade de prorrogação e a própria diretoria da CBF já se manifestou pela manutenção do afastamento do ex-mandatário.
A entidade investiga o cartola pelas denúncias de assédio moral e sexual, protocolada por uma funcionária da CBF, e o afastamento se deu para que Caboclo possa se defender devidamente no processo. Por sua parte, o presidente afastado tenta angariar aliados entre as 27 federações estaduais de futebol para tentar se manter no cargo.
Caboclo enviou nota à reportagem com sua posição:
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, considera ridículas as acusações mentirosas feitas pelo diretor de Tecnologia da Informação da entidade, Fernando França. Caboclo nunca seria capaz de pedir para ele nem para ninguém para gravar adversários ou qualquer outra pessoa.
É fato notório que foram os opositores de Rogério Caboclo os responsáveis pelas escutas ilegais. Os vazamentos seletivos de trechos de conversas gravadas desde 2018 somente prejudicaram o próprio presidente afastado, logo depois da deflagração de um golpe para a sua saída da presidência. Se confirmada a informação da reportagem, Caboclo tomará todas as medidas criminais e cíveis contra o diretor.
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