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O que falta para Vini Junior receber uma chance no rodízio da seleção

Vini Jr durante treino da seleção brasileira na Granja Comary; ele jogou só 9 minutos na Copa América - Lucas Figueiredo/CBF
Vini Jr durante treino da seleção brasileira na Granja Comary; ele jogou só 9 minutos na Copa América Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Danilo Lavieri e Gabriel Carneiro

Do UOL, em Goiânia

26/06/2021 04h00

A Copa América tem servido como laboratório para a seleção brasileira. Aproveitando que o torneio não vale vaga em nenhuma outra competição e está na sua quarta edição em seis anos, Tite deixou claro que quer, sim, ganhar o bicampeonato, mas rodar o grupo é tão importante quanto. No meio disso, Vinicius Júnior ainda não conseguiu exatamente uma chance e espera poder entrar em campo contra o Equador, no domingo (27), na última rodada da fase de grupos.

O atacante entrou aos 40 minutos do segundo tempo na estreia, contra a Venezuela, quando o jogo já estava resolvido. A forte concorrência no setor sempre é destacada pela comissão técnica, que já chegou a eleger a posição como a mais concorrida da Amarelinha.

Para conseguir um espaço por ali, o garoto do Real Madrid concorre com nomes como Neymar, Gabriel Jesus e Richarlison logo de cara. Ainda há outros como Éverton Cebolinha, que também foi convocado, e até nomes de atletas que não foram lembrados pelo treinador desta vez, como Rodrygo ou David Neres, mas que seguem no radar.

Neste contexto de Copa América, no entanto, as chances poderiam aparecer com mais frequência se Vinicius Júnior conseguisse vencer uma desconfiança antiga. O atacante tem dificuldades em cativar o treinador e seus auxiliares que está pronto para executar algumas funções táticas e é considerado abaixo dos concorrentes também no aspecto técnico.

No Real Madrid, com o agora ex-técnico Zinedine Zidane, Vini também enfrentou as mesmas dificuldades e chegou até a ser alvo de broncas do francês durante as partidas e em conversas no vestiário. Quase sempre, o motivo de irritação é a função do jogador sem a bola. Casemiro, um dos líderes do elenco tanto entre os Merengues quanto na seleção, tem servido de ponto de apoio à revelação flamenguista.

Vinicius foi chamado por Tite, mas foi cortado por lesão. Em setembro, teve uma nova convocação, não saiu do banco contra a Colômbia e jogou 25 minutos contra o Peru. Depois, não foi chamado para amistosos de novembro, quando Rodrygo foi chamado e participou dos dois jogos contra Argentina e Coreia do Sul.

Nessa última temporada, Vinicius mostrou uma evolução na avaliação de seus treinadores e passou a ser mais usado. Foi o ano em que ele mais entrou em campo, com 49 aparições, sendo 31 como titular, e seis gols marcados. Em 2019/2020, ele havia jogado 38 vezes, sendo 17 como titular, com cinco gols. Em 2018/2019, foram 36 partidas e até mesmo uma passagem pelo Real Madrid B.

Além dele, Tite ainda deu poucas chances para Douglas Luiz, que não jogou na Copa América, e Emerson, que entrou em campo por pouco mais de dez minutos. Esses são, de longe, os que menos jogaram. Felipe não atuou nenhuma vez, mas está machucado e já não treina há dez dias. Existe até chance de corte até terça-feira, data-limite da Conmebol.

Vini Jr - Lucas Figueiredo/CBF - Lucas Figueiredo/CBF
Vini Jr durante Brasil x Venezuela pela Copa América, seu único jogo pela competição até agora
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Quem mais jogou na Copa América?

Mais de 200 minutos

Neymar (296), Danilo (283), Fred (252), Gabriel Jesus (235) e Thiago Silva (201).

Entre 100 e 200 minutos

Casemiro e Marquinhos (199), Richarlison (195), Éder Militão (192), Alex Sandro e Renan Lodi (188), Everton Ribeiro (146), Fabinho (106), Weverton (104) e Gabigol (101).

Menos de 100 minutos

Ederson (97), Alisson (95), Roberto Firmino (83), Lucas Paquetá (82), Éverton Cebolinha (72), Emerson (13) e Vini Jr (9).

Não jogaram

Douglas Luiz e Felipe.