Gabigol bate recorde de minutos na seleção, mas não consegue brilhar
Depois de muito ter sua presença requisitada na seleção, Gabriel Barbosa conseguiu aumentar —e muito— os seus minutos vestindo a Amarelinha. O recorde de minutos batido neste mês, no entanto, ainda não se converteu no mesmo sucesso em campo que ele se acostumou a ter no Flamengo.
Só em junho, o jogador atingiu a marca de 290 minutos em campo sob o comando de Tite nas partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 e na Copa América. Para se ter uma ideia, antes dessa sequência, somando todas as outras participações, o total de minutos era de 208.
Contra o Equador, no empate por 1 a 1 ontem (27), o jogador fez a primeira partida em que ficou durante todo o tempo em campo, sem ser substituído, em toda a Era Tite. Na atual janela, ele já foi titular outras duas vezes e saiu do banco em outras três vezes. Ou seja: ele teve chance em todos os jogos e fez um gol.
A ideia da comissão técnica é dar apoio ao jogador mesmo que ele não consiga reproduzir sua melhor forma. O entendimento de Tite e seus auxiliares é que o jogador precisa de sequência para entender as diferenças táticas. Não à toa, Gabigol entrou em campo mesmo estando pendurado, diferentemente da lógica usada para atletas como Neymar e Alex Sandro, por exemplo. Também por isso, em todas as vezes que treinador e assistentes foram questionados, as palavras têm sido de elogio e apoio público. Ontem, a estratégia foi a mesma.
"Gabriel Barbosa ataca espaço com maestria, é o que ele faz no Flamengo e é requisitado na seleção também", iniciou Tite, para depois ouvir o complemento de Cleber Xavier, seu braço direito. "Os processos levam um tempo, precisa de sequência para ter links [conexões] melhores. O Gabriel Barbosa está começando seu segundo ou terceiro jogo. É um processo que demora um pouco. Mas ele tem qualidades como disse o Tite, e buscamos ajustes na partida", completou.
Em todo o jogo contra o Equador, ele finalizou apenas uma vez e tocou na bola em 22 ocasiões, de acordo com o Sofascore. Contra a Colômbia, o atacante saiu do banco e não deu um chute a gol, assim como foi contra o Peru.
Apesar do desempenho ruim, Gabigol pode considerar a atual passagem como uma vitória para a sua trajetória na seleção brasileira. Ele conseguiu superar um histórico longo de desconfiança por parte da comissão pela sua atuação sem a bola e até pelo comportamento nas ocasiões em que não era aproveitado.
Os minutos de Gabigol na seleção
Panamá - reserva (26 minutos)
Equador - reserva (28 minutos)
Haiti - reserva (47 minutos)
Peru - titular (73 minutos)
Nigéria - reserva (34 minutos)
No mês de junho:
Equador - titular (78 minutos)
Paraguai - reserva (13 minutos)
Venezuela - reserva (29 minutos)
Peru - titular (46 minutos)
Colômbia - reserva (26 minutos)
Equador - titular (98 minutos)*
* primeiro jogo completo
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