Caboclo promete levar pareceres de juristas em defesa na comissão de ética
A defesa de Rogério Caboclo prometeu apresentar pareceres de juristas no processo ao qual o presidente afastado da CBF responde na Comissão de Ética do Futebol Brasileiro. Ele é acusado de assédio moral e sexual, mas, segundo os advogados do dirigente, ele não cometeu crime.
Caboclo teve acesso aos autos do processo no dia 15 de junho e já reiterou algumas vezes o argumento de que não é passível de implicações criminais. Os advogados contratados por ele são Fernanda Tórtima e Wladimyr Camargos. Em nota, eles "reafirmam que seu cliente não cometeu assédio contra funcionária da CBF e o fazem com base, inclusive, na opinião dos maiores juristas brasileiros".
A escalação de pareceres prometida pela defesa de Caboclo inclui Helena Regina Lobo da Costa, professora da Faculdade de Direito do Largo de S. Francisco (USP), Luís Greco, professor Catedrático da Universidade de Berlim, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado criminal há mais de 50 anos, Juarez Tavares, ex-procurador da República e professor da UERJ, além de Pierpaolo Cruz Bottini, professor da Faculdade de Direito do Largo de S. Francisco (USP).
Caboclo foi acusado de assédio por uma funcionária da CBF, que o denunciou após gravar conversas com o dirigente na sede da entidade. Em um dos diálogos, Caboclo chega a perguntar: "Você se masturba?". Em outro episódio, o então presidente da CBF, segundo a denúncia, ofereceu ração de cachorro para ela.
O processo na comissão de ética rendeu a determinação de afastamento temporário de Caboclo da presidência da CBF, por pelo menos 30 dias.
Nos últimos dias, o dirigente tem feito contato com as federações estaduais. São elas que, em última instância, decidirão se ele continuará no cargo ou não. Uma eventual sentença em prol da saída definitiva de Caboclo precisa ser referendada pelos filiados.
Rogério Caboclo já disse que o cenário todo é um "golpe de estado" e acusa Marco Polo Del Nero de participação nele. Del Nero rebateu a acusação e ainda acrescentou que Rogério "deve procurar a quem lhe denunciou sobre o assédio e entender o caráter ilícito do fato para tirar conclusões racionais".
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