Corinthians se defende e pede extinção de dívida de R$ 528 mil com Sornoza
Acionado na Justiça por uma dívida de R$ 528 mil com o meia Júnior Sornoza pelo atraso no pagamento dos direitos de imagem ao jogador, o Corinthians se defendeu na 1ª Vara Cível do Foro Regional do Tatuapé argumentando que, como o atleta foi emprestado para a LDU no ano passado, não possui pendência financeira no caso. O juiz responsável vai analisar o pedido do clube do Parque São Jorge e emitir uma decisão.
Contratado pelo Corinthians na gestão do presidente Andrés Sanchez em janeiro de 2019, Sornoza assinou um contrato válido por quatro anos que previa o pagamento de R$ 960 mil, divididos em quatro parcelas anuais, pela cessão de seus direitos de imagem.
O equatoriano atuou no Alvinegro em sua temporada de estreia e, no ano seguinte, foi emprestado a LDU. Ao fim desse contrato, foi novamente emprestado, só que dessa vez para o Tijuana, do México.
O Corinthians depositou na conta do equatoriano R$ 240 mil referentes à primeira parcela do acordo. Em março deste ano, o clube pagou mais R$ 50 mil ao jogador como juros pelo atraso no depósito. Neste cenário, a empresa Escansette Sports, do agente Bernardo Escansette — responsável por levar Sornoza ao clube do Parque São Jorge — entrou com um processo na Justiça solicitando o recebimento das parcelas atrasadas (2020 e 2021) e mais juros, correção monetária e honorários advocatícios. Ao todo, o valor chegou a R$ 528 mil.
Recentemente, em documento ao qual o UOL Esporte teve acesso, o Corinthians entrou com "embargos à execução" pedindo a extinção do pagamento da dívida. Isto porque, Sornoza não atuava mais pelo clube e, portanto, o Alvinegro foi impossibilitado de comercializar a imagem do atleta no mercado.
A tese da defesa do Corinthians consiste no argumento de que, a partir do momento em que o meia começou a trabalhar vestindo a camisa da LDU nas competições oficiais, o direito de comercialização da imagem do atleta passou a ser do clube equatoriano, já que as empresas parceiras do Alvinegro não poderiam mais associar suas marcas a Sornoza.
Caso a defesa do Corinthians seja aceita pela Justiça, o clube se livra do pagamento das parcelas do acordo e também dos juros cobrados pelos representantes de Sornoza. Além disso, a Escansette Sports ficaria responsável pelo pagamento das custas do processo e honorários aos advogados do clube do Parque São Jorge referentes a 20% em relação ao valor da causa.
Uma decisão deve acontecer nas próximas semanas. Neste momento, Sornoza defende as cores do Tijuana, do México — clube ao qual está emprestado até o fim desta temporada. O contrato do equatoriano com o Corinthians é válido até o fim de dezembro de 2022.
A reportagem entrou em contato com o Corinthians e o clube informou que aguarda posicionamento da Justiça. O empresário Bernardo Escansette foi procurado pelo UOL Esporte para comentar o caso, mas não atendeu aos telefonemas e não respondeu as mensagens.
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