São Paulo teve jogadores machucados em quatro dos sete jogos do Brasileirão
A preocupação em relação à condição física dos jogadores do São Paulo vem sendo uma constante desde a conquista do Campeonato Paulista. A equipe já deixou quatro dos setes jogos do Brasileirão com alguma baixa por lesão. A única que não foi muscular foi a de Gabriel Sara, que machucou o pé esquerdo após uma entrada de Camilo, durante a partida contra o Cuiabá.
Todas as outras foram algum tipo de incômodo. O zagueiro Miranda e o atacante Luciano sofreram estiramento na coxa esquerda contra o Atlético-MG e Santos, respectivamente. No último domingo contra o Ceará, o lateral Léo chegou a ser escalado, mas, ainda no aquecimento, sentiu um desconforto na coxa e foi retirado da partida.
As lesões são vistas como um reflexo do esforço feito para conquistar o Campeonato Paulista e tirar o São Paulo da fila de oito anos sem títulos. Como o UOL Esporte mostrou recentemente, a avaliação interna é de que era necessário apostar as fichas no torneio estadual, mesmo que isso significasse um esforço maior em um período atípico do calendário, com a temporada sendo disputada sem um período adequado de férias, como consequência da pandemia da covid-19.
"O desgaste foi muito grande, mas precisávamos conquistar um título. Sabíamos do risco e a conta chegou. Agora, é preciso ter foco, reverter a situação no Brasileirão e nos prepararmos para as Copas [do Brasil e Libertadores]", disse o presidente Julio Casares em entrevista à coluna do Menon ontem (27).
O São Paulo adotou uma tática diferente de seus rivais no Paulistão. Enquanto Palmeiras e Santos fizeram diversos jogos com times alternativos para descansar seus principais nomes e irem com força total na Libertadores, a equipe do Morumbi chegou a poupar no torneio continental para jogar com os titulares no Estadual.
A falta de pré-temporada e o acúmulo de jogos é vista pelo fisiologista Turíbio Leite de Barros, que trabalhou no São Paulo durante 25 anos, como um dos fatores para o alto número de lesionados no elenco. "Toda vez que você vai fazer um planejamento para a temporada, você faz um planejamento com uma periodização. Essa questão da pandemia quebrou tudo que foi estratégia. A gente está enfrentando uma situação sem nada parecido, foi completamente anormal. Parou quando não era para parar e retomou e continuou quando era para parar", explica.
Além disso, o São Paulo teve uma mudança de comissão técnica no meio do caminho. Fernando Diniz foi demitido na reta final do Brasileirão, no início de fevereiro, e Hernán Crespo foi contratado. "Eu já vivenciei isso no São Paulo, de um treinador estrangeiro chegar com um método de trabalho um pouco diferente. Não é que o que esteja sendo feito seja um erro, mas leva um tempo para os atletas se adaptarem. Isso é um fator a ser considerado".
O alto número de jogos fez com que Hernán Crespo adotasse um rodízio maior de jogadores neste início de Brasileirão. O treinador argentino utilizou 26 jogadores nas sete primeiras rodadas da competição. Apenas o goleiro Tiago Volpi e o zagueiro Bruno Alves atuaram em todas as partidas.
O medo de novas lesões fez com que a comissão técnica de Crespo mandasse novamente a campo uma equipe diferente contra o Ceará. Pensando no clássico de quarta-feira (30) contra o Corinthians, os argentinos Martín Benítez e Rigoni começaram no banco de reservas. O meia se recuperou recentemente de um estiramento na coxa esquerda, enquanto o atacante é um dos atletas com mais minutos em campo no Brasileirão.
O São Paulo tem três desfalques confirmados para a partida contra o Corinthians amanhã (30). Luciano e William ainda se recuperam de lesão, enquanto Arboleda segue com a seleção equatoriana na disputa da Copa América. Léo ainda é dúvida depois do desconforto sentido antes do jogo contra o Ceará. No banco de reservas, Crespo segue se recuperando da covid-19 e será substituído mais uma vez pelo auxiliar Juan Branda.
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