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Cruzeiro sofre 3º transfer ban, mas fez 'corrida maluca' por reforços

Cruzeiro se antecipou ao transfer ban da Fifa e anunciou pacote de reforços mesmo com salários atrasados - Divulgação/Cruzeiro
Cruzeiro se antecipou ao transfer ban da Fifa e anunciou pacote de reforços mesmo com salários atrasados Imagem: Divulgação/Cruzeiro

Guilherme Piu

Do UOL, em Belo Horizonte

30/06/2021 14h00

O Cruzeiro está impossibilitado de registrar reforços no sistema da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por determinação da Fifa, pela terceira vez em menos de um ano. O clube, como já era esperado, sofre com a medida — o transfer ban — após não quitar dívida de aproximadamente R$ 7 milhões com o Defensor Sporting (URU) ainda pela contratação do meia De Arrascaeta, em 2015. A punição está vigente desde ontem (29), já que o prazo para quitação da pendência foi no dia 28 de junho.

Antes de receber o ato punitivo da Fifa, o departamento de futebol da Raposa promoveu uma espécie de "corrida maluca" por reforços e registros na CBF antes de a punição entrar em vigor. Na ânsia por contratações, o Cruzeiro contratou sete jogadores em uma semana: os zagueiros Rhodolfo e Léo Santos, o lateral direito Norberto, o lateral esquerdo Jean Victor, além dos atacantes Wellington Nem, Keké e Eduardo, esse último como uma surpresa, já que teve o nome divulgado no Boletim Informativo Diário (BID) antes de qualquer manifestação do clube.

O zagueiro Léo Santos, por exemplo, foi contratado por empréstimo junto ao Ituano em aproximadamente 24 horas, com negociação e registro na CBF. Tudo antes de a punição da Fifa ser efetivada.

Terceiro transfer ban

O Cruzeiro acumula três punições com impossibilidade de registros de novos atletas. A primeira punição aconteceu em setembro de 2020, quando deixou de pagar quase R$ 8 milhões ao Zorya, da Ucrânia, pela contratação do atacante Willian "Bigode", em 2014. Para esse problema o investidor Pedro Lourenço, dono da rede Supermercados BH, ajudou e o clube foi liberado a fazer contratações à época.

A segunda punição aconteceu em novembro do ano passado, já que o Cruzeiro não repassou ao PSTC, clube paranaense, quase R$ 3 milhões — correspondente a 20% dos direitos do jogador — pela venda do zagueiro Bruno Viana ao Olympiacos, da Grécia, em 2016. Em fevereiro de 2021 houve o pagamento da dívida e o Cruzeiro restabeleceu seu direito de inscrever atletas.

Série C

O Cruzeiro ainda corre o risco de um rebaixamento sumário à Série C do Campeonato Brasileiro, caso não pague a dívida que tem com o Al Whada, dos Emirados Árabes Unidos, pela contratação do volante Denílson, também em 2016. A pendência gira em torno de R$ 5,5 milhões e no ano passado já imputou perda de seis pontos ao time celeste, que ficou com pontuação negativa na Segunda Divisão de 2020.

Outra dívida

O atacante Riascos, que deixou o Cruzeiro de forma polêmica e disse à época que sofreu até ameaças de tiros, também gerou dívida de mais de R$ 5 milhões ao clube estrelado. Essa é outro compromisso a vencer em 2021 e que pode gerar novas punições caso os mexicanos do Mazatlán não recebam tais valores.

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