Sylvinho exalta equilíbrio no clássico em Itaquera: 'Prevaleceu a entrega'

O técnico Sylvinho deu sua versão sobre o porquê do clássico Majestoso não ter empolgado os torcedores de Corinthians e São Paulo, na noite desta quarta-feira (30), na Neo Química Arena, pela oitava rodada do Brasileirão. O comandante do Timão enalteceu o trabalho dos atletas de defesa das duas equipes e, assim como fez o goleiro Cássio, lembrou que em jogos como este a entrega prevalece em relação à qualidade técnica.

"Um jogo muito disputado, cada palmo do campo, duas equipes bem organizadas. Prevaleceu a entrega de ambos os times e poucas chances de gol. Tanto pela nossa parte, do Corinthians, como também do nosso adversário", sinalizou Sylvinho, deixando claro que viu justiça no empate sem gols entre Corinthians e São Paulo na Neo Química Arena.

Ao todo, a equipe da casa teve 42% da posse de bola no Majestoso e finalizou em direção ao gol defendido por Tiago Volpi em apenas três oportunidades. Na visão de Sylvinho, a dificuldade ofensiva foi o retrato do clássico. O treinador fez questão de enaltecer o trabalho dos defensores e saiu em defesa de Gustavo Mosquito, seu jogador mais efetivo no ataque.

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"A parte ofensiva de ambos os times não prevaleceram e a parte técnica foi neutralizada. O Gustavo [Mosquito] não teve sua melhor noite. O adversário coloca situações que muitas vezes prejudicam. O Gustavo é uma pessoa brilhante, está tendo o nosso carinho. Tem demonstrado uma performance incrível, estamos felizes com ele e tratamos com muito carinho", concluiu o treinador do Corinthians.

O empate no Majestoso deixa o Corinthians com dez pontos ganhos no Campeonato Brasileiro e em situação de meio de tabela. No próximo sábado (3), às 21h (horário de Brasília), o Timão recebe o Internacional, na Neo Química Arena, pela 9ª rodada da competição nacional.

Veja outros trechos da coletiva de Sylvinho:

Dificuldades do sistema ofensivo

"Em partes, o Jô tem realizado um trabalho muito bom para o time. É um jogador que tem oxigenado o time com essas retenções. É uma característica que o atleta tem condições de fazer, também tem feito gols. Hoje não foi o caso. Os atletas se entregaram muito na parte defensiva. Eu quero acreditar que ofensivamente os atletas do sistema ofensivo de ambos os times não prevaleceram. Foi um jogo físico, um jogo tático, um jogo disputado e de muita entrega."

Opções do elenco

"Temos atletas no elenco que fazem duplas funções. O Vitinho pode jogar pelo lado esquerdo e direito, o Vital joga de beirada, mas pode ser segundo atacante. Isso nos ajuda a poder otimizar os atletas sem fazer uma substituição a mais."

Confusão com o zagueiro Jemerson

"O Jemerson foi um mal-entendido. O Fagner vem de um dia anterior sem treinamento, fez exames, mas estava ok. Estávamos prevendo uma possível alteração em caso do Fagner não terminar o jogo. No segundo tempo, eu entendi um gesto dele dizendo que teria acabado. Eu mandei o Jemerson para entrar em campo, mas o Fagner disse que estava bem. Eu pedi desculpas ao Jemerson, temos lidado muito bem com ele nesses 35 dias de trabalho. Conversamos com ele, o Fagner explicou a situação e está tudo bem."

Sobre o nível técnico do Majestoso

"Extremamente fraco me parece excessivo. Foi um jogo de muita entrega, de muita luta, como é um clássico. Se nós pudéssemos escolher, teríamos ganho. A ocasião não foi para isso, foi um jogo muito disputado. A parte técnica e criativa não prevaleceu para os dois lados."

O time tem a cara do treinador?

"Gosto muito de dizer que o time é a cara do time, que é a cara do Corinthians. O caminho é esse, de muita entrega e luta. Vejo um Corinthians organizado, defendendo bem, sofrendo menos. Outras fases virão. Você me pergunta de 30 dias de trabalho e, realmente, a gente está buscando melhoras, contente com a entrega. As coisas do futebol são muito rápidas. Temos que cuidar da parte ofensiva, do meio campo, da parte de criação. O time é a cara do Corinthians e é isso que nós queremos."

Balanço sobre o primeiro mês

"Estamos trabalhando todos os dias, manhã, tarde e noite. Vamos continuar. Houve melhoras, haverá outras e vamos continuar trabalhando."

Substituições

"Quando se trata de uma construção, a gente trabalha também as conexões, o meio de campo, a defesa e o ataque. É perigoso fazermos muitas substituições. É bem verdade que temos jogadores bem jovens. Vamos com muito cuidado, a vontade é de continuar e acelerar. De uma forma muito natural, as outras substituições ocorram. Fazer uma substituição que não potencialize pode ser um problema em campo."

Finalizações de fora da área

"O chute é um recurso, óbvio que tem atletas que acabam fazendo mais. O nosso time é um time de construção com o pé, de jogar entre linhas, de cruzamento. Agora com o Jô vamos tentar esse cruzamento de meia altura. O Vitinho é um jogador que tem um arremate de fora da área, o resto não tem. O Vital é externo, pode fazer isso. O Gustavo é mais o penúltimo passe. É uma característica do time, entendo que não podemos fazer mais, mas não é fácil."

Disputa na zaga

"Sempre vamos buscar soluções dentro do elenco. O Gil está muito seguro, o João está jogando bem, temos o Raul. Estamos felizes com o desempenho desses atletas e o momento é de dar uma continuidade a eles."