O Brasil venceu o Chile por 1 a 0 nesta sexta-feira (2) e se classificou para as semifinais da Copa América, mas o gol de Paquetá ficou em segundo plano. O lance marcante da partida foi a expulsão de Gabriel Jesus. O atacante levou o cartão o vermelho ao acertar um pontapé no rosto de Mena, em jogada ocorrida logo após o gol.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Luiza Oliveira, Menon, Milly Lacombe e Rodolfo Rodrigues - os comentaristas discutiram a jogada e condenaram a atitude de Gabriel Jesus.
Milly lamentou não só a dura entrada de Gabriel Jesus, mas a atitude da seleção brasileira após a expulsão do atacante."Foi uma jogada inaceitável, inadmissível. Não tem porque levantar o pé daquele jeito. Não faz sentido. O pior foi depois disso. A seleção dedicou um tempo enorme para tentar expulsar na malandragem alguém do Chile. Aí começou a cavar falta, pressionar o juiz. O Brasil era tecnicamente tão superior que nem ficou muito atrás com dez. Teve chances de fazer dois, três, mas não. Gastou tempo tentando igualar a expulsão", comentou.
Menon lembrou outro lance ríspido que ficou marcado na história recente da seleção brasileira. "Pareceu o lance do Felipe Melo contra a Holanda na Copa de 2010. Foi um lance imbecil. Imagina se fosse o contrário, com um chileno fazendo isso em um jogador brasileiro. Todo mundo diria que foi um assassinato. Achei que foi uma jogada que não pode ser feita por um jogador profissional, ainda mais em uma partida importante. Não tem desculpa. Não consigo entender o que ele fez", disse.
Rodolfo destacou que Gabriel Jesus tem poucas expulsões em sua carreira. "Em 340 jogos, esta foi a terceira expulsão dele. Foi uma jogada completamente desnecessária. Uma disputa que ele nem estava perto de acertar a bola. O lance estava muito mais para o Mena. Ache curioso que ele já estava com a perna alta e ainda estica em direção ao rosto. Ele poderia ter recuado. Não estava um jogo tão disputado, com briga, e não é o perfil do Gabriel Jesus. Achei bem estranha essa expulsão, sem sentido", analisou.
Para Milly, a jogada comprometeu a análise da partida. "Não dá para entender. Eles confundem garra com marra. E isso faz tempo, não é nem do Tite, nem desses jogadores. Isso é uma mentalidade da CBF. Todo mundo que chega ali fica marrento. Eu não consigo entender. A gente pode ser tão mais do que isso. Não faz nenhum sentido. E foi logo depois do gol. Em vez de falarmos do gol, da vitória, de ter chegado à semifinal, a gente precisa analisar esse lance bizarro que não cabe nem em uma pelada", concluiu.
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