Goleador e ídolo no Flamengo, discreto e reserva na seleção brasileira. Gabigol teve atuações de pouco brilho nas poucas oportunidades que teve durante a Copa América. O atacante fez apenas um gol, na vitória por 3 a 0 sobre a Venezuela na estreia, mas esteve longe de repetir o protagonismo exibido com a camisa rubro-negra.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Luiza Oliveira, Menon, Milly Lacombe e Rodolfo Rodrigues - os comentaristas falaram sobre o desempenho de Gabigol na seleção brasileira e o que ele pode fazer para tentar ganhar mais oportunidades com Tite.
Para Milly, o principal fator para Gabigol ter atuações discretas está na diferença de estilo de jogo entre a seleção e o Flamengo. "Para o Gabigol ser titular com Tite, vai ter que encaretar muito o jogo dele. Ele é um cara que joga de uma maneira um pouco mais irreverente. Do meio para frente, quando consegue abrir e voltar e tem um Arrascaeta para passar a bola e um ataque que se movimenta muito mais do que esse conservador do Tite, é um jogador fora de série. Tem sido assim no Flamengo", apontou.
Para Rodrigues, Gabigol fica atrás de outros concorrentes por conta de sua movimentação menor em campo. "Ele tem esse estilo de jogo, de estar bem posicionado, sempre perto das grandes chances de gol. Ele não está tendo sequência. Pegou o pior jogo para entrar, que foi contra o Equador, sem o Neymar. Precisaria ter uma sequência maior para ele poder fazer o que sabe, que é gol. Nesse esquema do Tite, fica difícil para ele disputar uma posição com o Richarlison, que se movimenta o tempo todo, consegue tabelar e prende bem a bola. O Gabigol às vezes se enrosca no domínio e não consegue acertar o passe rápido de primeira", comparou.
Menon considera que o atacante do Flamengo tem um caminho complicado para convencer Tite a lhe dar uma vaga na equipe. "Vai ser complicado ele ser titular com o Tite. Ele é jogador para ficar ali como opção, quando o Brasil estiver perdendo e precisar de um centroavante, alguma coisa diferente. É um grande jogador, mas acho que o Tite não gosta do estilo dele", opinou Menon.
Rodrigues defende a tese de que Gabigol precisa de uma sequência de partidas para, enfim, deslanchar pela seleção e mostrar que merece ser titular. "Essa característica dele de centroavante também falta para essa seleção. Ficam sempre esses jogadores como Gabriel Jesus, Firmino, Richarlison, que jogam quatro, cinco, seis partidas e fazem um golzinho. O Gabigol como titular, em cinco, seis jogos, certamente marcaria três, quatro gols", comentou.
Milly, porém, faz uma ressalva: caso Gabigol mude seu estilo de jogo para tentar cavar um espaço na seleção, pode se tornar apenas um jogador comum. "Se ele encaretar o estilo de jogo dele, vai deixar de ser quem ele é. Aí, tanto faz colocar ele ou qualquer outro", completou.
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