Dinamarca pode ter primeira dupla de pai e filho campeã da Eurocopa
Com o avanço da Dinamarca para as semifinais da Eurocopa de 2020, o goleiro Kasper Schmeichel está agora a duas vitórias de faturar o título do principal campeonato continental europeu, feito que seu próprio pai, Peter, realizou há 29 anos. Caso aconteça, será a primeira vez na história que uma dupla de pai e filho terá em sua sala de troféus uma taça da Euro.
Aos 34 anos, Kasper é um dos líderes da Dinamarca dentro de campo e um dos mais experientes na seleção do país. Jogador do Leicester, da Inglaterra, o goleiro vem escrevendo uma história vitoriosa no futebol parecida com a de seu pai, Peter.
Schmeichel, o pai, foi um grande goleiro. Ídolo no Manchester United, onde jogou por mais de oito anos, conquistou cinco vezes o título do Campeonato Inglês e foi um dos destaques na conquista da Liga dos Campeões, na temporada 1998-99.
Pela seleção, o maior feito de sua carreira foi em 1992, quando fez parte da equipe dinamarquesa que venceu a Eurocopa daquele ano. Schmeichel foi um dos grandes responsáveis pelo título inédito do país.
Com um início difícil e nenhuma vitória nos dois primeiros jogos da fase de grupos naquele ano, a Dinamarca chegou ao último jogo do grupo, contra a França, como zebra — nem seus próprios torcedores acreditavam na vitória. O time, no entanto, mostrou resiliência e venceu os franceses por 2 a 1, com boa atuação de Schmeichel, avançando para a fase de grupos.
Depois, o goleiro foi ainda mais decisivo contra a Holanda, nas semifinais. Zebra mais uma vez, a Dinamarca foi competitiva e empatou em 2 a 2 com os holandeses, forçando uma disputa de pênaltis. Foi quando Peter brilhou: defendeu um pênalti de Marco van Basten, um dos maiores atacantes em atividades no planeta naquela época, classificando a equipe para sua primeira final de Euro contra a Alemanha.
Apesar do sucesso familiar, Kasper confidenciou em entrevista à Sky Sports que nunca chegou a conversar com o pai sobre aquela conquista e aquele time, que virou lendário para as crianças dinamarquesas.
"Eu realmente nunca falei com ele sobre suas experiências em 1992", disse. "Eu acho que qualquer criança crescendo na Dinamarca sabe tudo sobre 1992 e a lenda que foi passada sobre este time.", acrescentou.
Susto e força
Schmeichel, o filho, e a Dinamarca de 2021 têm construído sua própria trajetória épica. Ainda na fase de grupos, o mal súbito sofrido pela grande estrela do time, Christian Eriksen, contra a Finlândia preocupou a todos. Os jogadores tiveram que voltar pouco tempo depois para campo e acabaram derrotados na estreia da competição.
A situação se complicou com a derrota para a Bélgica, no segundo jogo. Na última rodada, tudo indicava uma eliminação precoce, mas a vitória por 4 a 1 sobre a Rússia colocou a Dinamarca no mata-mata. Agora, dizem jogar por Eriksen.
Com as vitórias diante de Gales, por 4 a 0, nas oitavas de final e a de ontem, contra a República Checa, por 2 a 1, a Dinamarca passa a sonhar com mais um ano mágico e, quem sabe, outra conquista histórica. Para isso, precisa superar a Inglaterra na semifinal, que será disputada no estádio de Wembley. O jogo acontece na próxima quarta-feira.
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